[Prólogo]
Veio até mim... Quem deixou, me olhar a**im!
Não pediu, minha permissão!
Não pude evitar, tirou meu ar
Fiquei sem chão...
[Verso: 1 Amaru]
Nunca me inspirei em ninguém pra fazer o que eu faço
Não copio, eu crio porque é mais fácil
Desde menino aonde eu nasci
Meus vícios eu mesmo que faço
Sabedoria pra se autojulgar nos tira do meio dos mais fracos
Elevei meu nível e me tornei perigo pra sociedade, de fato, sem rato, sem pato, sou nato
Na vida que levo, é um, dois e "plaw"
Mente de gênio, atitudes taxadas como marginal
Oscilando minha mente numa corda bamba, de um lado o bem e do outro o mal
Aguardando o destino ou seres divinos dizerem que chegou no final
Pra quem já tinha grana e fama, é fácil subir nessa vida
Meu caminho é longo e árduo, mas não me intimida
A trilha é sofrida, eu sei, mas não desisto dessa minha luta
Nem abaixo a cabeça pra nenhum filho da p*
Muitas guerras na cidade, pobreza trancada nas comunidades
Porcos fardados, seguranças covardes e em torno de mim só o ódio me invade
Procuro uma cura pra tanta doença, racismo, intolerância de crença
Senado corrupto e livre de algemas, na sociedade são vários problemas
Prefiro estar, na minha quebrada, com a mina do lado com meus camaradas
Tranquilo na minha tomando uma gelada, deixa quieto, pa**a nada
A vida é curta, viva meu parceiro
Tu não sabe se vai rir por último então é melhor sorrir por primeiro, guerreiro!
[Refrão]
Menino bonito
Menino bonito, ai!
Ai menino bonito
Menino bonito, ai!... (2x)
[Verso 2: Flôres]
Na minha favela, as vezes é choro e vela
As vezes é dia tenso, também Samba e festa
Um baile funk a cena, vira filme e novela
Eu, zoei com a rapeize, fiquei chapa-crazy, no meio do caô já avistei a Cinderela
Mas tipo a**im, maneirinho!!!
No beco do vai um, entra dois e sai levinho
Rebola pra mim preta, que isso essa bu... Epa!
Finalizei minha night e fiquei até com dor de cabeça!
Começa o dia e eu já não sei aonde te encontrar...
Essas loucuras da minha vida? Deixa pra lá!
Se tiver mágoa eu não vou me afogar
Nem ligo pra mais nada e no bar eu vou parar
Me convoca pra tua área, outra vibe outra noitada
Mas até agradeço a Deus, quando eu chego aqui em casa
Cada um tem uma parte de mim, que merece
Hoje eu sou romântico e amanhã posso ser cafajeste
Tenta me ver, não vai me esquecer
Na minha cachanga ou no seu apê
Me admira no MPB, na Malemolência só eu e você
Para de dizer e já vamos fazer, pro menino crescer vou te enlouquecer!
Ela gostou, então pede mais
A menina gulosa e o menino sagaz, vai!
[Refrão]
[Verso 3: NTK]
Os meus amigos dizem que eu sou contador de histórias
Vitórias e glórias, que estão sempre na memória
Buscando sempre o conhecimento, enquanto o tempo, pa**a
Arregaça com meus manos na praça, rindo de nossas próprias risadas
Nesse jogo que nós jogamos, eu não pedi pra entrar
Mas já que estou dentro, eu preciso parar pra pensar
Raciocinar, enquanto a vida eu sigo na caminhada
Sem pirraça, ou mancada, essa que é a nossa levada
Diplomata, carismático, e sempre coagido
Eu não consigo agradar todos, mas incrivelmente estou sempre cercado de amigos
Decidido, estou sempre, e sei o que eu quero pra minha vida
Respeito pra ser respeitado, essa é a minha sina
Eu sou cria, não sou criado, agradeço a minha experiência
Foi adquirida graças a minha atividade e coerência
Nesse jogo cê tem que pensar nas escolhas, antes de aceitar
Foi na Vila da Penha que eu nasci, e é nela que eu vou ficar
Nem todos vão me agradar, a**im como eu não agrado a eles
Tô sempre tentando melhorar, o que pensam daqueles
E as vezes nem sou tudo isso descrito
Mas eu sei, que eu sou um menino bonito de espírito
[Refrão]