[Verso 1]
Sigo injetando na rima gás neurotóxico
Contra os que encarceram 30 mil por ano em depósito
Contra os que ensina idioma pra adolescente
Atender nos bordeis da Copa, gringo cliente
Não existe alegria com silhueta de corpo pintada no chão
Em protesto ao padrão FIFA do boy em execução
Com o novo bandeirante pondo na ficha criminal
Ma**acre da Sé, Pinheirinho, Vigário Geral
Joguei pedra no choque porque mandato é cumprido em sauna
Fazendo Hot Wheels virar Saveiro clonada
Que depois de dar ré na porta de aço
Faz a inclusão digital com PCs furtados
Não precisei de Vox Populi pra ver que os de PT
Têm em comum a ausência do nome do pai no RG
Que explode a Cherokee blindada do tesoureiro
Por que o 13 de maio só vigora com morteiro
Ainda nos treinam pra ser os escravos da casa
Agradecidos por servir a lagosta defumada
Ainda definhamos onde cirurgiões e ortopedistas
Dão lugar a an*listas de sangue e papiloscopistas
Verso feliz quando não tivermos no prédio invadido
Admirando o teatro, o imóvel que pra nós é proibido
Quando a meta do vencedor da eleição
For inaugurar a faculdade e não centro de correção
[Refrão x2]
Minha letra carregada com substância venenosa
É pelo fim da hecatombe diária praticada por DEIC e ROTA
Minha letra carregada com substância venenosa
É pelo fim da prisão em ma**a, da indução à venda de droga
[Verso 2]
Se a alienação não impedisse ação com FAL e dinamite
Rio 16 seria 72 em Munique
A gente ia apresentar os Fulgencios Batistas
Que geram chamas em consultórios de dentistas
Que todo dia reprisa a cena do pai desnorteado
Falando com a alma do filho onde ele caiu baleado
Rezo pra criogenia dar errado
Rico não pode acordar depois de congelado
Não precisamos de quem oferece 300 pedras por semana
Pra você agilizar colheita de laranja
De quem te põe no leito crivado de perfurante
Esperando um mutirão de doador de sangue
Apoio furas importados de Miami no colchão
Se inserir Ciência Política na educação
To junto na importação do míssil de pequeno porte
Se evitar o decreto das nossas penas de morte
Existe vida em outro planeta só evita o contato
Teme acabar como que a DIG deixa os rins paralisados
Entrar pra lista dos sequelados por escopeta
Que amenizam dor crônica com an*lgésicos, tarja preta
Aí, bacana, sabe por quê eu não tenho bens?
Porque minha família nunca escravizou ninguém
Se eu fosse descendente de um colonizador arrombado
Tinha marca de cerveja, hipermercado
[Refrão x2]
Minha letra carregada com substância venenosa
É pelo fim da hecatombe diária praticada por DEIC e ROTA
Minha letra carregada com substância venenosa
É pelo fim da prisão em ma**a, da indução à venda de droga
[Verso 3]
O que eu canto ta explícito nos livros
Que custam 120 reais pela estratégica dos ricos
Quanto mais dígitos no preço da informação
Menos revoltado mirando Uzi sobre a luz da razão
Por isso atuo como um pirata somali no hip hop
Roubo dados sigilosos e injeto nos bairros pobres
Tento impedir que convençam você
Com o chaveco dos 30 milhões que entraram na cla**e C
Mentem pra te converter no eleitor cativo
Que vote em qualquer descerebrado apontado pelo partido
São tão cínicos quanto os chefes de polícia
Que não divulgam os sequestro relâmpago da suas firmas
"Alô mãe to aqui em tal quebrada
Traz pros cana 500 conto e a tela de 50 polegadas"
Quem não quer saques na sua rede de loja
Não pede só filmagem secreta na feira de droga
Pressão no Congresso pra alterar o Código Penal
Pra que crimes políticos recebam pena capital
Vértebras foram reduzidas a poeira no ar
Pra que eu tivesse o direito de me manifestar
Se eu for o bobo alegrando a corte da playboyzada
Traio os Black Panthers, Che e sua causa
Tá no rap de atitude é igual ta na máfia
Pra sair é só rígido num caixão de lata
[Refrão x2]
Minha letra carregada com substância venenosa
É pelo fim da hecatombe diária praticada por DEIC e ROTA
Minha letra carregada com substância venenosa
É pelo fim da prisão em ma**a, da indução à venda de droga