[Verso 1]
Se ser honesto é copiar a elite escravagista
Traz pra mim a traca com mil cartuchos na fita
Só mais ser um Al Capone sem direito a fiança
Do que imitar a cla**e que estupra 3 em 10 crianças
Que mostra respeito aos descartados da sociedade
Jogando seus ossos no fundo de faculdades
Seu capitalismo arrastou João Hélio pelo cinto
Gerou o resgate no fórum com tiro no menino
Vi sua carta de intenção no vereador cuzão
Que quer atirar mendigo no mar pra servir de ração
Diferente da fala do jornalista da TV
Pros Amarildos não tem comissão de direitos humanos da OAB
Ela não tá presente quando afogam no distrito
Quando a polícia arranca olho de suspeito ainda vivo
Na galáxia fome a filantropia que eu vejo
É dos manos que bancam enterro, ajudam família de preso
Em vez de seleção, torço pras células tronco
Que curam danos estatais em tendões, pele, ombros
Pra que no Itaú não tenhamos que percorrer andares
Abrindo 170 cofres particulares
O boy nunca vai participar da justiça reparativa
Que põem frente a frente agressor e vítima
Porque sabe que o rolê em Aspen no teleférico
Vem do ossário municipal e dos corpos esqueléticos
[Refrão (x2)]
To no front enfrentando a ameaça da Minimi
Pra mais frontal e occipital não virar mansão no Morumbi
A missão é temor máximo nos metros quadrados
Erguidos com ossos de flagelados descarnado
[Verso 2]
Se cada sobrevivente escrevesse suas agruras
Tinha milhões de diários de Anne Frank nas ruas
Man*scritos sobre filho escondendo automática
Na esperança do pai desistir da agência da Caixa
Sobre fugitivo fingindo o próprio falecimento
Comprando corpo não reclamado pro reconhecimento
Nosso status de humano foi reduzido
A numero com sistema respiratório e digestivo
Dessa forma furo em parietal acaba no inquérito
Zero por cento das matanças viram processo
Igual em Yale, em toda universidade tem um grupo
Que faz pacto secreto pra controlar o mundo
Pra livro lido ficar no B na ordem alfabética
Enquanto industria bélica tá no W na favela
Beretta, Boito, Heckler & Koch, Indepep
Llama, Mauser, Urkko, IWI, Winchester
Não era pra nós tá mira da Divecar pelo Doblò revendido pro dono por 10% do valor
Era pra nós ta derrubando estátua de genocida
Apagando seus nomes imundos de ruas e avenidas
Quando denuncio as tragédias que a**ola o Brasil
Me sinto Lamarca na Kombi recheada de fuzil
Me sinto decapitando o 171 do voto
Que se elege pra morar no bairro urbanizado com os nossos ossos
[Refrão (x2)]
To no front enfrentando a ameaça da Minimi
Pra mais frontal e occipital não virar mansão no Morumbi
A missão é temor máximo nos metros quadrados
Erguidos com ossos de flagelados descarnado
[Verso 3]
No país onde o álcool é a droga mais mata
O vapor é exposto como o inimigo da pátria
É hilário ser procurado por vender baseado
Quando o comerciante de Brahma é chamado de empresário
Nosso erro é por a c**aína na sacola
Quando ela só é permitida na lata de Coca-Cola
Conheço o muro da lamentação com Eppendorf
Filmado pela guarnição pronta pra dar o bote
Sei onde é alicerçado o império do doutor
Que pode ter mil AR-15 como colecionador
Lamento bacana, mas não vou jogar estrume em protesto
Vou entrar de Veloster clonado no seu prédio
Com uma loira no volante no país racista
É pane na segurança armada por especialista
Por enquanto é só ônibus incendiado
No futuro prevejo uma pá de carros-bombas detonados
Explosivo furtado da pedreira implodindo muralha
Preso liberto em troca de autoridade can*lha
Vou acreditar num representante do Estado
Quando o Gaeco expor a ficha do judiciário
Quando corregedor não der pro GOE a localização
Do que viu o asfixiamento depois da rendição
Só deixo o posto de pesadelo dos ricos mafiosos
No dia que os Bugattis não forem comprados com nossos ossos