Dizem praí que chegou A liberdade apressada E eu ainda não dei por nada Continuo sendo o que sou Olho aberto e mão na foice Tenho a mesma dor nas costas Mas eles já dão resposta Se lhes pomos a questão Tanta seara tanto pão E só um dono a mandar E lá por melhor pagar Continua sem razão Se foi aqui que eu nasci Foi aqui que eu aprendi A cansar-me e a suar Se esta terra já conhece As minhas mãos e os pa**os Que lhe dou alegre ou triste E o patrão não desiste De dizer que é tudo dele Agora pia mais fino Já não há tanto a**a**ino À solta por esses campos Juntamos os nossos ódios As nossas foices e braços Nossos destinos e vamos Gritar a essa can*lha A terra a quem a trabalha.