RAPadura - Maracatu de cá pra lá lyrics

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RAPadura - Maracatu de cá pra lá lyrics

[VERSO 1] Avise a todo mundo é o Chico no som Pegue a zabumba e o ganzá pra fazer um batuque bom Eu meto coração nesse fole que acolhe o carron Menino feito do chão que engole a terra marrom Pra levar esse maracatu que foi feito pra tu Sanfona com pitú mexe inté buraco de tatu Estremece Caruaru inté caber no urú Ensino o seu guru a soletrar o mandacaru Faço morto dançar em festim descabela o capim Inté entender que macaxeira em fim é o mesmo aipim Desaprega esses pés do chão e torra o amendoim Junta o calor da paixão quando forra o som do soim Na casa farinha o arrasta o pé do sonho se fez Pra meus cambito suarem com a fé trazer o camponês Pra embolar uma alma com a outra e a**im expor a nudez Deixando a timidez, sempre embalado por marines Rainha do xaxado inspiração pra cabra invocado Pra cabra virado que abóia o gado e dança em roçado Estrangeiro fica abestado fica aperreado Tem o bucho forrado mais num sabe o que é o bucho suado Rala bucho ninguém fica murcho repuxo o suor O som que puxo é mais do que luxo ninguém fica só Tá bem mió garganta não dá nó pra cantarolá Maracatu que vai de cá para lá [REFRÃO] Vá batendo o zabumba Que eu balanço o ganzá Vamos formar um batuque Pro povo dançar Maracatu, do lado de lá (2x) [VERSO 2] Ô coisa boa da molesta quem tá dentro não sai Enfrenta o pau de arara, a estrada por mais de mil léguas Menina nova pra entrar despista inté o pai Quando se aprega num dá trégua o lombo enverga arriégua Nego perde o rumo de casa quando quebra o jejum Pisa no pé de todo mundo não consegue remar Se cachaça fosse água o sertão era um mar bebum Eu te aconselho a largar a garrafa e se animar a amar Segure na cintura desse amor Deixe a quentura nordestina te abraçar com calor Essa é a mistura formosura criatura em labor Não tem frescura é minha doçura que traz novo sabor Só não fale mal da minha terra por que ai não deixo Me chamam de rapadura sou doce mais quebro queixo Trabalho com postura, me mexo faço sem desleixo Escritura em corte costura fecho todo esse eixo Vê se Segura as calças por que o batuque é a**im Bate mais forte o pilão de chiquim bixim não tem fim E Produz o meu cuscuz na boca de pacajus Misturo garapa e mastruz, mexo inté com os postes de luz A beira mar treme as canela caatinga ginga de saia O litoral se despingela e o rural arranca a cangaia Junta o sertão com a praia, na raia ninguém ataia Ninguém vaia, é a mesma laia, debaixo da mesma paia Cada um pega seu par é bem fácil acompanhar É dois prá lá é dois prá cá não vai dar pra apanhar Só não vale pisar no pé muié vai inté fazer calo Macho aperta a percata no pé cisca mais que galo É pra rodar mais que espalha brasa peão de mão Mais alto que bicho com asa acochando o pulmão Vou botar o som pra bombar canção que sai desse lar Maracatu que vai de cá pra lá [REFRÃO] [VERSO 3] Há muito tempo eu quis fazer algo real regional Algo que fosse do viver crescer o calor nacional Não ter vergonha do que sou arrasto o pé no quintal Nego não me acompanha na dança então fala mal Não preciso cantar besteira pra ninguém se mover Cabra se mexe por que entende o amor que faz envolver Sou rapadura xique Chico amigo muito prazer O meu melhor eu vim trazer antes de ir-me embora vou te dizer Fita embolada do engenho da cultura popular É rapadura xique Chico aqui fico a embolar Fita embolada do engenho trazendo algo não visto Vai fazendo rapadura na boca do povo misto Enquanto o amor popular canta o falar no qual existo É doce mais num é mole engole que é brasileira E remexe mais que a cintura de moça namoradeira É eu e tu e tu e eu quem uniu foi deus pra vida inteira Descendo a ribanceira ligeira rima junina Faço meu maracatu de cá prá lá na lamparina É o fogo de quem se acende com a chama de quem ensina Embolando mais do que fio desafio cabra da peste Se embola na embolada no embolo do canto agreste Se é essa a terra que me cobre o norte nordeste me veste Fita embolada do engenho da cultura popular Cearense cabra da peste das brenha do ceará Rapadura xique Chico aqui fico pelo meu lar Norte nordeste me veste e por isso não vou parar