[Refrão: Gali] Enquanto eu tiver voz a liberdade vai cantar Saber chegar na humildade é dom No meio disso tudo dê tempo ao tempo, ele sabe de tudo E o sábio sabe bem a hora de parar [Verso 1: Gali] Os pilaco tá tudo envolvido Cuidado perigo que o anjo banido do céu É cruel ao agir por debaixo dos panos Danos causados à alma, trauma Eterno é meu amor pela rima Armado de caneta e caderno Lutando pra escapar desse inferno Maldita selva de concreto Que aprisiona o habitante no medo Aprisiona o habitante no ódio O motivo da vida virou sangue e suor pelo pódio, porra! Tá tudo errado, mas... [Verso 2: Genezio] Eu já voei pro céu Eu me perdi no mar Me perguntei, ouvi meu coração me sussurrar Cada palavra rimada, cada pensamento um fato Fica esperto que o universo "coalide" num colapso O ódio do mundo que lhe torna cego Um prisioneiro das grades de ferro do ego Bateram pregos (Mil) pedras no caminho (Mil) coroas de espinho Levanta nego, cê não tá sozinho, pode pá Tem que ter humildade pra chegar Enquanto eu tiver voz a liberdade vai cantar [Verso 3: V. A. L. E.] Em cada cilada que eu pa**o É menos pa**o em falso Eu ando descalço em meio à brasa Da carne nem sai fumaça E o circo tem palhaço pra entreter Te dar algum lazer na hora da atenção ser dada Minha alma sedada Que pela calçada anda em curvas Eu prezo a liberdade na rua Antes que a liberdade seja privatizada Num entendo mais nada Mas sigo de cara fechada E lá fora a neblina embaçada na casa Já pa**a das 3 da madrugada [Refrão: Gali] Mas enquanto eu tiver voz a liberdade vai cantar Saber chegar na humildade é dom No meio disso tudo dê tempo ao tempo, ele sabe de tudo E o sábio sabe bem a hora de parar Enquanto eu tiver voz a liberdade vai cantar Saber chegar na humildade é dom Deixa quem sempre falou falar, deixa os falador pra lá Vou ignorar, partir pra longe daqui [Verso 4: Raillow] Entre mares Milhares de olhares que vi Vi que esse mundo é uma prisão De gente matando por dinheiro Comandando cativeiros Erros fortalecidos por alienação De uma TV que te prende, te rende na sua rotina E a vinda dos portugueses foi a**im E acabou com uma sociedade não corrompida Que aos poucos está progredindo pro mesmo fim E as cores onde estão? Só o cinza prolifera E o vento corta Esse é os tempos da nova era Que era pra ser melhor, mas aqui pra viver tem até fila de espera Onde os filhos enterram os pais e depois se enterra E o 12 naquela esquina com a carga no maço de Marlboro Light Deixando solto a propina, pros verme ir preso noiado de crack Alívio é 3 do Prima no maço de Lucky Strike Com o sistema é pessoal Paz, justiça e liberdade [Verso 5: Rato] I have a dream E não será interrompido A liberdade não vêm do opressor Ela é conquistada pelo oprimido Seguindo uma vida que me condiciona a manter os meus olhos fechados Bumbo e clap liberta a mente do próprio cárcere privado Ponho asas na caneta e ela começa a riscar Sozinha escreve no papel, a tinta chega a borbulhar Sonho que um dia a paz venha reinar nessa terra E que o poder das palavras vão brecar os tanques de guerra Enquanto isso não acontece o choque sobe E a liberdade voa dentro de um coquetel molotov O fogo queima Põe na tela a ekatomb Mas aqui uma queimadura dói muito menos que a fome Nessa cidade suja, com esse céu cinzento A cada metro quadrado o sangue mancha o cimento Voz não será interrompida, pode ser acappella E se a esperança é a última que morre Então eu vou morrer com ela [Verso 6: Leal] Enquanto eu tiver voz eu vou fazer dela minha vida E que os atalhos se fodam, isso daqui num é uma corrida Eu tenho o tempo que eu quiser Enfrento o que vier, tô de pé Sei que é mais pesado nessa subida Eles querem sugar, e fazer dos trabalhadores maquinas E as fábricas fabricam dores Um baque nas mudanças de valores Porque nessa cena eu só vejo problema Mundo imundo e sem cores Já que as casas pegam fogo E os corações são frios Quimeras em meio ao lodo e as lágrimas formam rios Mas mano, eu não queria esse caminho Eu sei que nem tudo são flores mas porque tantos espinhos? Uns enriquecem, enquanto outros empobrecem Eu sempre penso: nem todos tem o que merecem Eu faço minhas prece, buscando uma melhora Pedindo um sorriso pra esse céu que tanto chora [Refrão: Gali] Mas enquanto eu tiver voz a liberdade vai cantar Saber chegar na humildade é dom No meio disso tudo dê tempo ao tempo, ele sabe de tudo O sábio sabe bem a hora de parar Enquanto eu tiver voz a liberdade vai cantar Saber chegar na humildade é dom Deixa quem sempre falou falar, deixa os falador pra lá Vou ignorar, partir pra longe daqui Pra longe daqui eu vou partir quando eu cantar...