"Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo Procurando Foi justamente num sonho Que ele me falou..." Às vezes você me pergunta Por que é que eu sou tão calado Não falo de amor quase nada Nem fico sorrindo ao teu lado Você pensa em mim toda hora Me come, me cospe, me deixa Talvez você não entenda Mas hoje eu vou lhe mostrar: Eu sou a luz das estrelas Eu sou a cor do luar Eu sou as coisas da vida Eu sou o medo de amar Eu sou o medo do fraco A força da imaginação O blefe do jogador Eu sou Eu fui Eu vou Gita! Gita! Gita! Gita! Gita! Eu sou o seu sacrifício A placa de contramão O sangue no olhar do vampiro E as juras de maldição Eu sou a vela que acende Eu sou a luz que se apaga Eu sou a beira do abismo Eu sou O tudo E o nada Por que você me pergunta? Perguntas não vão lhe mostrar Que eu sou feito da terra Do fogo, da água e do ar Você me tem todo dia Mas não sabe se é bom ou ruim Mas saiba que eu estou em você Mas você não está em mim... Das telhas eu sou o telhado A pesca do pescador A letra A tem meu nome Dos sonhos eu sou o amor Eu sou a dona de casa Nos pegue-pagues do mundo Eu sou a mão do carrasco Sou raso Largo Profundo Gita! Gita! Gita! Gita! Gita! Eu sou a mosca da sopa E o dente do tubarão Eu sou os olhos do cego E a cegueira da visão Eu! Mas! Eu sou o amargo da língua A mãe, o pai e o avô O filho que ainda não veio O início O fim E o meio O início O fim E o meio Eu sou o início O fim E o meio Eu sou o início O fim E o meio