Fim do silêncio, em rara forma Feito a estrutura da rima Ano sabático, vital; Observo aqui de cima a dança dos egocêntricos O vento que me leva traz de volta na hora certa Grito de alerta, Gonzaguinha A porta que define o caso, emperra O texto que aqui recito encerra qualquer nebulosidade Deslizo pela cidade em quatro rodas, dois eixos e a madeira A chuva é pa**ageira, eu sou pra sempre ["Eu não sei... Eu não sei o que pensar."] Tenho um bolso cheio de sonhos Outro repleto de interrogações Não sei qual pesa mais Escrevo ainda mais depois que a prova acaba Emoções na ponta da caneta ou no bico da impressora, mudando a cor da folha Síntese à louca an*logia de Jacó, ou à fúria do homem só que não quer mais ficar na ilha Respeito plena pilha de livros que salvam almas A mente quando acalma é dócil Meu coração pilota, o verso é como o ônibus que lota antes mesmo de sair do ponto final do circular Ando mais devagar quando me atraso, pouco caso, juvenil ou cansaço A dúvida me ama, tenho laços com outras mulheres Mal me quer, bem me quer, de boné, "Lmoushin" ["É o único modo de encontrar uma explicação. É nisso que precisa acreditar Eu não tô interessado em nenhum teste."] De volta ao 4624476H, ouvi que o mundo é meu por um minuto Pa**ei tempos em luto sem sequer tocar teclado e microfone Me chamam pelo nome, mas não me conhecem Me abraçam quando chego, mas se perdem Defendo teses em poucos parágrafos, cenógrafo do verbo iluminado, polido feito pedras no período neolítico Mudanças no algoritmo que explica cada emoção Critico quem me quer ignorante, tente ser relevante Entenda que o papel aceita tudo, até mentira O jogo vira, eu meço a ira da oposição no olho