AMOR MEU, ao fechar esta porta noturna peço-te, amor, uma viagem por escuro recinto: fecha teus sonhos, entra com teu céu em meus olhos, estende-te em meu sangue como num amplo rio. Adeus, adeus, cruel claridade que foi caindo no saco de cada dia do pa**ado, adeus a cada raio de relógio ou laranja, saúde, oh sombra, intermitente companheira! Nesta nave ou água ou morte ou nova vida, uma vez mais unidos, dormidos, ressurgidos, somos o matrimônio da noite com o sangue. Não sei quem vive ou morre, quem repousa ou desperta, mas é teu coração o que reparte em meu peito os dons da aurora.