Ordem Natural - Cara e Coroa lyrics

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Ordem Natural - Cara e Coroa lyrics

[Verso 1: Lumbriga] Mais de mil lados entre a cara e a coroa Quantas coisas pareceram más, mas de foram boas Como andar na proa só me fez pensar Na mulata ensaboar, no meu lar, no luar Vitrola a tocar enquanto a vida voa Como é difícil olhar pra cima, mais de cima pra baixo A silhueta da minha musa no meu sonho se confunde com a do baixo que é semi acústico Ah! esse meu jeito rústico Falar o que eu acho Não ser neutro, gera atrito De outro jeito me limita ao esculacho A explosão dos magmas Machos e fêmeas enxugarão suas lágrimas Lados, moedas, estradas, estreitas Formas, fôrmas, mágoas à espreita Águas não tão mornas As forças mudaram as normas Sai do meio dos escombros com elegância e não por moda Se tá certo numa treta, um só dedo não arreda Rola aos fundos do barranco, quadrado como rodas Palavras não traduzem o sentimento, mas na vida é foda E por mais que se almeje E por mais que planeje E por mais que deseje Hoje pa**a, pa**ou Isso é só o que restou Ainda aqui estou e o amanhã é agora Senta na tora não 'guenta chora Enquanto alguém diz não, ao perdão alguém implora Num reza, ora Muitos se achando deus, um deus de pó sai fora A solidão é mais que ficar só, ir embora Seja ficar só comigo Sem peito, abrigo Crime e castigo Rico ou mendigo? Nem ligo Sabe o maior buraco do mundo? Como acreditar no que não dá pra ver Nem se pode tocar, mas que preciso ver Não preciso enxergar, mas que preciso crer É preciso estar, você vai precisar de mais que patuá Mais do que atuar Pra se achar e alcançar um patamar diferente O inferno é aqui e tá cheio de gente Mas tampouco seres humanos, cê entende o que eu digo ou só os meus manos? Foram-se anos a beira da colina, jamais sozinho: abraçado à minha sina Sua sina, suaçuna Em meio a solidão, davi, numa faxina em sigo mesmo Segue o seco, só pra loucos Não aguento mais medir palavras Mas palavra dita, pedra jogada Se imagine numa estrada encantada Você sozinho e mais nada Me diz depois quem é que lava Sólido, o paradoxo Sólidos, óxidos e monóxidos de carbono As ideias 'tão em chama e hoje eu tô sem sono Me entrego, trago as pratas Pra alimentar insônia, nas preces entrego ao papi e manda em minha insônia Namaria, cuca, ana ca e teteu, embrulho pra presente pra entregar pra deus Você com os seus, eu com os meus Juntos são os nossos O que seremos de nós depois dos vossos? Cavem seus poços, tirem sua própria água Lavem seus corações e levem a mágoa [Sample] [Verso 2: Gato Congelado] Lá no fundo, sei que não posso mudar o mundo Mas posso acompanhar a natureza que está sempre em mudança Deus de herança, esperança, valores, tremores, dores no peito e cobranças Um par de alianças Dias de crianças, vivências, essências, cores, ânsias O importante é que o amor e o pensamento superem as distâncias Galáxias, tantos pensamentos quanto estrelas no universo Brilham ao relento iluminando cada verso Disperso, desperto Sozinho disserto Ninguém do meu lado, mas vários por perto Não quero preza, isso me lesa Me solto do mundo e me prendo à reza Que fique o que for de césar na pesagem dos atos ou aceitar dos fatos [Verso 3: Lumbriga] Seja você quem seja Onde quer que esteja Cuidando daqueles que 'tão na peleja E dos que não Ora, ora veja a força por baixo do chão Nas raízes Pra quebrarem todo concreto e nossos frutos serem diretrizes pros irmãos nas marquises Forças às meretrizes Santas, ancas sobre as mantas Muito mais felizes Muito mais que grão Café no pilão A força dos meus braços Renove seus abraços O amor dos vossos pa**os Pra que se faça o pão Ah! nada foi em vão e nem será Do alto da colina o que virá