[Verso 1: Leco] Mutreta é gato que foi trocado por lebre Não celebre, pois você pode ser o próximo a comprá-lo Pago o pato, mas não pago mico, não troco meu prato Num pinico, certifico quando achar que é cambalacho Não fecho negócio, amigo, eu só tenho cara de tacho Meu mano to fora de tramoia por baixo do pano Eu sei que quando móia suja pra fulano e beltrano Tem gente que depende de mim, não vou ficar me arriscando [Verso 2: Jamés Ventura] Vai vendo a fita, eu tava na feira do rolo Finaly desenrolo, local que eu sempre colo Tem dia que é chave, até então tudo tranquilo Só um dingo no cochilo que eu nunca vi a cara Tiozinho do bolo de 5 e de 10 conto Fiz uma treta em um cinto, mas quero um relógio Um bolo de 10, grita o neguin do picolé Cobertor levantou, cabrito berrou, bééé O dingo era gambé [Verso 3: Rick] Tem gente que te enrola, não compre gato por lebre Como diz o ditado, o quanto mais mexe fede Tem bico que se morde, meu tru, mas ve se pode Pagam pra divulgar e quem não paga se fode Eu to de olho no game, se atravessar é madeira Conheço quem me rodeia e o meu partido é candeia Eu junto a nata da aldeia contra esse lixo deluxe Cê não me engana, bacana, com esse seu papo de kush [Verso 4: Rodrigo Ogi] Caminho com a rima mais rata Que empilha corpos feito arranha céus em Manhattan Tabefe no seu blefe de marra E a sua torre cai quando meu flow te esbarra E não aceito cambalacho, ginga de bamba Black mamba, quem não samba cambou Um ancião de sampa eu sou Muito cuidado você ta na corda bamba, bobo! [Verso 5: Tiagão] A vida é lição, melhor aprender As perguntas eu conheço Respondo quando anoitecer Mentira, enganação, cantiga do mau dizer O prego prega a paz, mas na real, vai saber é claro que meu faro diz: infeliz, cê quis, cê quis Mas num vai ter, mas num vai ter Num fez por onde, Tramontina, tramóia zica Ce abraçou azidéia, quem abraça ideia abraça... [Verso 6: Don Cesão] Mutreta, escolha a carta certa Fique de olho enquanto eu embaralho o baralho Previamente marcado, bem na frente do otário Que mesmo sendo enganado, não entende e grita: Caralho Dinheiro fácil, informações por telefone Albieri do peri e sua clinica de clone Gerentes de ciclone, scanner, chupa cabra Tramoia uma hora móia e quando móia A mamata acaba [Verso 7: Pizzol] Não aposto na trapaça, nunca nada é de graça Eu conheço o sorriso da deva**a e por onde piso Nunca me torno a caça, não bebo dessa envenenada taça Tchau Balde de água gelada, o plano caiu por terra abaixo Não é uma novela com nome cambalacho É uma fraude de quem precisa de fralda Engatinha nazidéia não espere que eu te aplauda