[Verso 1] Tô pouco me fudendo pro lugar de onde cê veio Seus olhos denunciam o peso exato do receio Seus deuses compram almas, não pergunte no que creio Ponteiros voam feito jatos, tire o pé do freio Tudo que dizem, fingem, tudo que fingem, dizem sem saber Luz apagada, vão, desliguem, que os errantes podem ver Tudo que querem, tocam, ferem, matam, fazem padecer Logo se desesperem, não esperem, vai anoitecer Tudo que fazem, trazem consequências para quem não devia Tudo que vaga pela noite é podre, levam agonia Lágrima e sangue em demasia, dádiva ou lástima, mais um dia Lúcifer gosta da ironia, todos os medos em sintonia Mova-se o quanto puder, você tá dançando com teus pesadelos As bocas sepultam homens, apenas se mova, não vai contê-los Colheita maldita, frutos que vem até pros que não plantam Um gole de vida, cobiçam tua queda, demônios cantam [Refrão] (...) [Verso 2] Tudo que te motivava a sobreviver foi levado por eles Fraqueza no pé do ouvido tá te seduzindo pra que se ajoelhe Sente o silêncio quebrado, vê que até o canto do vento te a**ombra Lembrar do pa**ado virou nova droga, e a dor, moeda de compra Bate a chave do carro e toque uma música que te convença Que a próxima rua, dará na tua mão, o fim da descrença Bate a chave do carro e finja que sabe qual é o seu rumo Vagando na sombra da dúvida, eis a porra da vida em resumo Medo daqueles que vagam, olhares longe, querem tua carne Desconfiança de tudo e de todos, corra e não se desarme E o pouco tempo que resta nesta brecha, talvez acabe Faça tudo que puder pra que a porra da chama não se apague Quando já não aguentar, lembre que o motivo já nem mais importa Lave seu rosto, olhe no espelho e diga que você suporta O tempo é uma faca, tu perde a cabeça, porque quando pa**a ele corta Não mova uma palha pois nesse momento tem vários demônios na porta... [Refrão] (...)