M´CIRILO - Um Lamento lyrics

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M´CIRILO - Um Lamento lyrics

Apaixonei-me pelo hip hop Amor puro como poucos Nunca seria o meu sonho Seria o sonho dos outros Levo á risca a essência E tudo o que partilhei Dei justiça ás palavras De quem nunca duvidei Tudo em vão todos Pa**aram de caçadores a presas Depois de tantos anos Consigo juntar as peças Que afinal o principal É mesmo o prato na mesa Nem que venda o ideal Que mantinha a chama acesa Mas quem se importa Com a cultura morta puto Este hip hop não é adulto Não vejo ninguém de luto Não me torno frio Embora gélido por dentro Ponho gelo na ferida Que já nem cura com o tempo Escrevo um lamento Num minuto de silencio Pelos inocentes Que mudaram com o vento Á doença do dinheiro Não há valente que lhe resista Este cenário está mais negro Que o meu nome nessa lista Sem a culpa Com a luta artificial Arte sem fronteiras Virou territorial Perdido em papeis Perdeu decibéis Secaram spray´s Cegaram dj´s Enterraram leis da formação de uma família Ouço rimas tão vazias Quase que morro de fome Podem encher a carteira Mas nunca a alma de um homem Chamem-me urso, hibernado Seguro no meu abrigo Tudo o que arrecadei Eu dividi com o meu amigo Nesta selva de pedra Quem é leão é rei É só comer, é só foder Mesmo quem seguiu a lei Em manter a profecia Preservar este tesouro Nem com truques de magia Penetram neste couro Isto não é para fracos Nem que me apontem o dedo Não vacilei nesta doutrina Eles ficaram com medo De dar amor Escolheram o pecado Não importa o que ganharam Se perderam o significado Esta semente cresceu Com água envenenada O sabor da fruta caseira Agora industrializada Bom aspecto, grande pinta Até te finta mano Não entrego a um tirano O meu sonho puritano A uma vida miserável Dei lhe outro sentido Ganhei força de amar O que não pode ser substituído O que obtenho em cada olhar Em cada toque, em cada brilho É seguir a minha linha Para quem me segue o trilho Não me lembro pra onde vou Não me esqueço de onde venho Não é fácil desempenhar O papel que eu desempenho Vivo na desilusão Vivo á margem da lei Duma lei que não quebrei Que cumpri, quando jurei Vejo a cultura mais vendida Que a puta numa praça Abandonada, moribunda Arrastando a carcaça Pela ma**a, pelo medo De caírem no degredo Perderam a raça Desvendaram o segredo Credo Como tudo mudou Serei eu o mais errado Em me manter como sou? Quando o meu dia chegar E me fizerem a pergunta “ O que te torna tão intenso? “ Tornei-me um homem como nunca