Na solidão escura Do velho Pelourinho Matilde, a louca mansa Vivia mercando a**im: Olha a flor da noite ... Olha a flor da noite ... Seria a flor da noite A luz da estrela solitária A tremular tão pura Sobre o velho Pelourinho? Ou o som da voz ausente Da menina prostituta Que mercava o seu triste descaminho: Olha a flor da noite! Olha a flor da noite! Ou seria a flor da noite A face oculta atrás da aurora Por quem o homem luta Desde nunca até agora A louca aprisionada Pelos monstros do poente E que avisa e grita alucinadamente: Olha a flor da noite! Olha a flor da noite!