Anda que eu faço uma festa, posso ser teu alibi Navegar entre as entranhas do que se passar aqui Contar com quantos cortes desfazes o meu corpo Esperar para que mostres pedaços do meu rosto Ter os teus dentes cravados bem na minha goela Poder ver o meu sangue espalhado na tua tela Ver-te brincar com as minhas cordas vocais Ficar com as palavras que te direi jamais Contar em quantas partes destróis o meu vazio Sentir que há algo que me tira este calafrio Saber que há sentido neste corpo em ruínas Tocar nas minhas feridas com essas mãos femininas Espremer qualquer essência que encontres em mim Sentir que há futuro mesmo acabando assim Abrir a minha cova para nela me deitares Saber, louva-deus que servi para te alimentares