Verso canta-dança Gente pelas ruas Seguem lado a lado Quase inconscientes Que ao acordar, Pode tudo acabar Morrer-nasce gente Alternadamente Chora-se a morte Canta-se a vida Rir e sofrer Eis o nosso viver Mesmo quem tem olhos n'água Vê que a dor deságua No primeiro riso Que o amor trouxer E nisso se resume a vida Esperando o dia Quando o chão reclama O que emprestou Mas no mesmo mundo Sorrateiramente Num laboratório Gente diferente Quase anormal Só trabalha pro mal Próton-elétron-nêutron Átomo na mesa Régua calculando Giz no quadro-negro Branco avental É o quadro geral Pobre mundo segue amando Planejando tanto Ideal buscando Sem saber que a vida Se decide num problema Ou num teorema Cujo caos total é o ideal Gente pelas ruas Próton na calçada Onde havia o verso Hoje existe o nêutron Que explosão Derrocada final Num laboratório Gente diferente Segue a correria Sorrateiramente O caos total É o grande final É o grande final