O sol já dorme lá em baixo(certo) Só a partir de s**ta é que eu me encaixo(certo) Cinco dias abafado por um gajo(correcto) A noite dá-me o pa**e e só aí me liberto Meia-noite é nome errado para ele desde início Meia-noite é o início da noite que é o seu vício Meia não pode ser pois do dia sobra resquício á capicua do zero, ele cobra o seu ofício Lázaro seu apelido. E o primeiro nome é Samuel Sujeito conhecido por arriscar a pele Não tem juízo Isso ele repele Se a vida é uma corda ele vive a fazer rapel É uma besta e exige ser tratado como tal Bebe da garrafa, não quer copos de cristal Quer dizer, porque não?Ele não lava a loiça Afinal, usa os copos, a garrafa e ainda os Parte no final Porta escancarada, desce, lentamente a escada Desce, lento e mão fincada no corrimão que acompanha Esta descida prolongada, dez minutos para a chamada O pessoal junto na escada carece de uma boleia que Tinha hora marcada, esta última avistada de rajada Por uma cara fechada que afirma que o Lázaro está Num alto estado de pedrada Ele não é a**im de dia Isto não é nenhum papel De dia ele tem o nome que a mãe queria á noite é Samuel Lázaro (Refrão) Ele sabe bem o que quer Ele já tem a sua rota Bebe,fuma,parte coisas e Compra o prazer sempre Em forma de nota Entra no jogo Mas sabe que há derrota Ele sabe que é certo Ele nunca vai chegar a cota Sabe, na história morre Mas volta Ele tem chaves,carro, ninguém espera que ele conduza Mas eles sabem que não é raro alguém que bebe e recusa Entregar o carro, mentalidade obtusa, ninguém quer Acabar a noite a ligar para a servilusa Escusa de vir alguém Ele vai conduzir pois ele sente que está bem Quem vai com ele concerteza vai sem Percepção de que está em bem mais perigo do que um refém Conduz com uma mão no volante e é elegante Enquanto a outra segura na litrosa aliciante Comprou-a nos cabos d'ávila alguns minutos antes Nas bombas que são ávidas por estrilhos constantes São meros instantes, até ele estar estacionado Inspira times no capot do carro, está inspirado E todos sabem, ninguém diga que ele está alterado Ele não respeita mas quer ser respeitado Já está no bairro vê francesas de Erasmus Vai para o ataque Ele nunca falou a língua nem pegou no almanaque Manda palavras á toa a ver se alguma coisa bate Tipo: oui, trés jolie ou jacques chirac? Parvo, viu alunas mas não viu os alunos e acreditem Que ele nunca vira nada a**im Eram oito bois de uma equipa de raguebi Encarou, acalmou e disse só "ta** bem b" Calma disfarçada, programada, que antecipa Aquele momento em que aplica uma cabeçada Acelera a pa**ada, debandada, ele e o seu grupo Numa fuga atribulada O bairro está cheio de gente e eles Querem chegar ao carro, mas Lázaro Ele é demente então ele perde o autocarro Camufla-se naquela enchente e saboreia um cigarro E ainda entra num bar, pede, senta-se e bebe um jarro Vinho tinto tomado, chega por fim ao transporte O seu opel corsa pintado de um azul escuro forte Quem esperou por ele sentado sentiu-se mesmo sem sorte A noite sofreu um corte, para Lázaro vai a galope (Refrão) Mais uma viagem, tudo porque ele quis É uma miragem pensar que esta noite ainda vai ser feliz Os amigos querem ir para casa, não querem bis Mas Samuel já só deseja uma festa no LX E ele diz que está na guest, entra e não paga Tenta andar direito, mas, cada pa**o é uma saga Agarra-se á parede, não é desta que ele apaga Ao fundo ele ouve um mc que tenta dar-lhe no Ragga Mas muitas vezes estraga o que o dj pa**a em cd Dê por onde dê ele quer sentir mais do que vê Então ele crê que se meter um md Melhora em cem por cento aquela festa de cla**e B Então mete e vai em frente, não procura o amor Ele não quer uma noiva quer comer a dama de honor Leva barra atrás de barra mas não perde o fulgor Com tanto ferrão que leva podia ser apicultor Pede mais um gin tónico, sente-se um deus nórdico Bebe de um gole só num momento que é ultra-sónico E cada troca de olhares para ele é s**o platónico E quase não abre os olhos, parece nipónico Apalpa uma rapariga que estava acompanhada O namorado tenta intervir de uma forma controlada Fala com o Lázaro mas este já não ouve nada Só pensa,raiva, cara, dentes, pulso e mão fechada Decisão tomada, agride o rapaz por um tempo Até ser expulso pelo homem da porta que é corpulento Ninguém sabe porque é que o Lázaro é violento E acaba as noites todas a sangrar ao relento Já dentro do carro, não tinha reparado Que alguns amigos já tinham bazado há um bom bocado Preferem ir de metro a ter que ir com este marado Só ficou um que está num estado tão ou mais degradado Desgraçado, mal sabia ele quão á nora Ia o seu condutor pela aquela estrada fora Escolheram mal a hora para querer vir embora á frente, operação stop, e agora? Agora, operação stop, pôs stop á operação Entrou em contra-mão, partiu carros com um peão E um peão safou-se mas safou-se por um triz Senão estava no asfalto desenhado por giz Algo não condiz com a situação corrente Sorriso permanente depois deste quase acidente Foge do local qual fugitivo experiente E já longe da policia num beco então ele sente.. Que está quase inconsciente Quase arrependido, mas foi só por um momento O coração está mais lento A visão está nublada e não tem noção do tempo A noite está acabada A noite não pode acabar Eu compro tudo, tenho notas Deêm-me algo para tomar Onde é que estão os meus tropas? Eu tenho o numero é só ligar Eu compro tudo, tenho notas Deêm-me algo para tomar Onde é que estão os meus tropas? Poppers!