No meio da avenida de duas mãos Luzes que vêm e vão, sem ter aonde chegar Nas estações de trem, a gente vai e vem Gente do mal e do bem respirando o mesmo ar No meu elevador ninguém pode me escutar Nem a lei da gravidade eu vou obedecer Ninguém sente essa dor que me obriga a cantar Do alto do meu s**to andar Do alto do meu s**to andar Sem freio, sem destino, sem direção Persigo a canção que desde sempre ouvi tocar E as forças que governam meu caminhar brotaram do pulsar Das mãos que eu aprendi a amar Quando se eleva a dor, ninguém pode me escutar Se há um lado bom da vida, não consigo ver Ninguém sente essa dor que me obriga a cantar Do alto do meu s**to andar Do alto do meu s**to andar Quando eu falar, me olhe no olho Nada é maior que a força de um sonho E quando eu morrer, transformem minha história Numa canção de pranto e de glória