Ele é esperto e persistente Acha que nasceu pra ser respeitado Ele é incerto e reticente Acha que nasceu pra ser venerado O palácio é o refúgio mais que perfeito Para os seus desejos mais que secretos Lá ele se imagina o eleito Sem nenhuma eleição por perto Ele é o esperto, ele é o perfeito Ele é o que dá certo, ele se acha o eleito Seus ternos são bem cortados Seus versos são mal escritos Seus gestos são mal estudados A sua pose é militarista Ele se acha o intocável Senhor de todas as cadeiras Derruba tudo pra ficar estável Ele não está aí para brincadeira E o tempo pa**a quase parado E eu aqui sem a menor paciência Contando as horas como se fossem trocados Como se fossem contas de uma penitência E tudo parece estar errado Mas nesse caso o erro deu certo Foi o que ele disse a o pé do rádio Com a honestidade pelo avesso