Eu tento fazer com que não me percebam aqui A sombra no rosto que diz: "Não tente invadir" Respiração ofegante, faço essa porra subir Sinto o peso nas costas querendo me sucumbir Insisto no ferro, no meu modo de agir Cada dia que pa**a é mais um que quero sumir Já se olhou no espelho e não conseguia se ver? Pois é rotina de quem não teme morrer Levanto e faço de novo com todo prazer Já tive de tudo, eu sei, mesmo sem merecer Dedico meu tempo somente pra mim Sou um anjo gelado, caçador de querubim Não estranhe se eu pa**ar de cara amarrada Não me dou bem com as pessoas e não faço fachada Protagonizo um filme solo sobre o mal e o bem Mas sempre de joelhos, orando também Blindão, blin blindão, blindão, blindão Blindão, blindão, blindão, tem que ser blindão Blindão, blin blindão, blindão, blindão Blindão, blindão, blindão, tem que ser blindão Mais um mês se acabando e o dinheiro indo junto O aluguel apertando, mais um brinde com o mundo Blindão, um gole, é o ferro, não corre Não troco uma vadia nem por mil de ti Tu conhece meu nome, e não minha verdade Aparento um homem velho apesar da idade Livros e halteres são minha companhia Sexo e sais são minha alegria Depois que corta, a porrada estanca Eu não volto atrás, aprendi de criança Não te dei intimidade muito menos a mão Ow, faz o teu que o meu tá firmão Ainda que eu ande pelo vale da sombra e da morte Não temerei o mal, então vai, tenta a sorte Debaixo desse snapback eu vejo o mundo Da minha maneira, esculpindo o futuro Blindão, blindão, blindão, blindão Blindão, blindão, blindão, tem que ser blindão Blindão, blindão, blindão, blindão Blindão, blindão, blindão, tem que ser blindão Reprimo o pecado, mais uma vez Olhe meu coração, vem ver o que que você fez Não sou sombrio, sou apenas fechado Nunca tive amigos, nem fui um bom namorado Pilhado glaucoma, pressão a mil Destino traçado, animal trocando refil Na rua andando mulheres me olham esquisito Eu não sei se é susto ou se tem algo de bonito Se não fosse as piranhas eu nem tava aqui Se não fosse a vontade deixar submergir Meu sonho faz sentido na minha cabeça Eu não entendo vocês, eu vim de outro planeta Acordo atordoado, pensando na próxima dose Vem junto com o shot, um pigarro, uma tosse Não perco o controle, tenho tudo dentro de mim Mas se eu estourar, meu parceiro, fodeu, será o fim Ow, apenas o começo do tormento Não entendem porque eu largo o osso sem medo Nessa terra o chumbo é grosso, a opção é revidar Tipo a hora do pesadelo, onde não dá pra acordar A mente tá a mil, sinto-me vazio, tornei-me mais frio Já que meu perfil nunca foi de ser sutil Dentro do meu covil, o clima é hostil Ir pra cima e meter o louco sempre foi do meu feitio Mas não é pouco e sim sombrio, me fez proeminente Entre anjos e demônios, guerra subconsciente Um pandemônio na minha mente criou essa aberração Talvez seja por isso que eu tô fora do padrão Acreditar em fantasia não, sem pressupor Quem foi moldado no rancor não quer ouvir falar de amor Se a dor não me matou, me fez ficar mais forte Me derrubar? Nem pensar. Quer tentar? Vai na sorte Fazer social, não, ajo com desdém Pra vadia dar moral, não agrado ninguém Também não sei fingir, mando se foder na lata Não vem entrosar comigo, eu não sou seu psiquiatra Penso a longo prazo sem plateia ou troféu Luto a surdina, essa é minha sina entre o inferno e o céu E mesmo que tentem, eles não entendem o porque de eu ser a**im Aí, pra me entender tem que ser louco igual a mim Blindão, blindão, blindão, blindão Blindão, blindão, blindão, tem que ser blindão Blindão, blindão, blindão, blindão Blindão, blindão, blindão, tem que ser blindão