Seara madura de Junho Campos eternos sem fim Abro o peito fecho o punho Quando te inclinas para mim Minha vila não está quieta No tamanho do horizonte Desconfia e fica alerta Do sorriso de boi manso Do morgado arrogante Quando o trigo amadurece Chega-me a força cá dentro Como a da espiga pró grão Troco foice por espingarda Porque má paga é que não Alentejanos prá frente O sol está do nosso lado Caçadeira atrás da porta Queremos um Verão quente Para a herdade do morgado.