[Intro] Pandora me inveja, veja, cabe mais na minha caixa Mas, Pã agora faz caniços soarem como flautas Tirem as patas do que é meu, vira-latas diretos do breu [Ponte 1: Uthopia] Ao cerne da epiderme, epidêmico Intravenoso, venenoso até pra arsênico Minhas têmporas causam temporais Eu não preciso de tempero [Verso 1: Uthopia] Não quero óbolo pelas obras, quero obter meus obséquios Pós muito ofego, não quero dor nem odor e me manter intrépido Pois tenho ouvido apenas olvidos e o ômega está anexo À cada resquício e esse plano ambíguo é nada complexo Porém os s**os trazem - sepulcro como séquito entre si Cérebros estéreos pra reproduzir, atolado em meio à invirtudes O tempo urge e sigo cético Versus can*lhas que rugem pra esconder que são sintéticos E o quanto a saúde permitir para me dirigir ético Vou renascer à cada golpe como o couro de um réptil! A morte me viu em caos, me alcançou a lâmina e sorriu até ser palpável o ego Até perceber que eu sou sessão de Descarrego e não é fácil que eu me entrego Uma tangente que não se tinge, lidere no íngreme e não finge Faça avanços e não esfinges, não seja mártir, viva e se torne efígie Não se vitime - estigme o mundo e o faça sentir Sem incidir culpa, te ocupa em liquidar as imundícies E um dia um sábio me disse, umedece, seca a terra, mas floresce a cada era, a estirpe que salva o time [Refrão: Uthopia] Ah - Mil Vira-latas jogam as patas do convés Quem não acata quem mandou - crava a faca em próprios pés Ah - Mil Vira-latas jogam as pratas do convés Hoje a caça é caçador - prostram-se todos aos meus pés [Ponte 2: Uthopia] O que tu quer, o que tu és, quem quer, tem Te basta a fé? Pra um dia ser alguém O que tu és, o que tu quer, o game? O Éden? Me basta a fé? Pra um dia ser alguém [Verso 2: Uthopia] São 17 temporadas nesse plano, onde ao pa**ar dos anos Plainam severos planos em meu crânio À busca por discos de urânio, rabiscos que tragam ganhos Drenar o que prejudica, e o que cativa Em momentos simultâneos Pra poder te contar como vi e como comovi Como vim parar aqui, sem parar até conseguir Surfando nas tragédias, se alimentando do caos Em dança com a amnésia quando me encontro com os falsos Que nada trás, porque atrás me traiu Futuro se faz sem os filhos que a puta pariu Pra línguas malditas sou um Dalit, intocável! Que o mundo seja o recipiente onde eu despeje meu líquido inflamável Queimando velhas mágoas no meu pátio Vire a página e se divirta Que nessa vida, meu roteirista é sátiro [Refrão 2: Uthopia] Afiado e afinado como em Fígaro, te estouro os tímpanos (pra ti parou) E meus neurônios comem de tudo como se fossem onívoros (eu ouvi pa**os) Torrentes tempestuosas, versos atemporais Temporariamente te deixam fora de órbita Temperaturas se elevam com meu temperamento O tempo e as tentações são meus antagonistas [Verso 3: Uthopia] E eu sigo em vigílias frígidas à quem inflige fragelos à mim Fragmentado, faltando uns pino, agindo por quem tá afim Por frascos, fatos e frações, vim... Desvendar Da Vinci vinte segundos antes do fim Fora da algema ou do traço da trema, medindo o estrago que causo Imerso até o magma, à gema Paranormal em plena lapidação mental, meu caro Tá caro, tá injusto, tanto carro no viaduto, tanto tributo que eu tô ficando puto No repuxo eu mal me escuto, no reduto de estar em luto O que busco em tese é luxo? Mas isso eu uso?! E eu cruzo à cada minuto em mais um mundo Discuto discursos e percursos com mentes que mal se usam Aperto meus parafusos à cada susto que levo em meio aos surdos E em meio aos mudos, eu berro em gestos de protestos curtos Nesse sub-mundo, eu não sei o que ser, sou o que sou E nada sei até que o fim se mostre, fodam-se as fés Eu vivo me remendando perante as cicatrizes Até que chegue o dia em que meu demônio se curve aos meus pés [Ponte 3: Uthopia] Eu nasci em 98 Minha família só tinha louco Mas a minha profecia Prossegue cada dia aos poucos O que tu quer, o que tu és, quem quer, tem