Part. I [Produzido por Card] [Intro: Card] [Refrão: Card + Alex FULL] Eu vim soprar, no ouvido de Nix o que eu ouvi falar Que a noite me traria algo pra me salvar Que ao limiar de uma aurora eu poderia então recomeçar Eu vim soprar, no ouvido de Nix o que eu ouvi falar Das grades que cercam minha alma nesse âmbar Encontrarão um fim, sinto que estou à frente de mim [Verso 1: Alex FULL] Aventuras veladas, ocultas sob a face em medo Acendo a vela e lhe cedo iguarias que colhi mais cedo Em meio à percalços cedo, pés descalços, percebo Que me sedo com minúcias, tateando obras no sebo Lá fora a chuva se recurva ao parapeito A visão é turva e não para a dor no peito A melodia triste de um piano cai como uma luva E me atinge como o cair da lua Oscilando entre a cólera e a angústia Minha voz eclode em minha consciência Refém de uma ferida que aqui existia Me saro mas ainda sofro abstinência Procuro um sentido, em frente à lareira e à meus livros Resquícios da alma se debatem em busca de vestígios Do ópio ao equívoco, invoco ímpetos à penumbra Opto à um equino, pétalas, vida que me vislumbra [Refrão: Card + Alex FULL] Eu vim soprar, no ouvido de Nix o que eu ouvi falar Que as trevas me trariam algo pra me salvar Que ao limiar de uma aurora eu poderia então recomeçar Eu vim soprar, no ouvido de Nix o que eu quero falar Das grades que cercam minha alma nesse âmbar São círculos, nove, cinco, que são onde eu quero andar [Interlúdio] Me abrigo da tempestade, pra poder pestanejar Um segundo efêmero, tempo pra alteridade eu manejar Como quem trajava a mão de Jade, ou a blindagem de Jah Jogo o engodo no lodo Forjar soluções pra tu se engajar, só se for já Forjar soluções pra tu se engajar, só se for já Forjar soluções pra tu se engajar, só se for já Forjar soluções pra tu se engajar, só se for já Part. II [Produzido por Tarcis] [Verso 1: Alex FULL] O café amorna, a neblina lá fora não orna comigo Mas adorna o recinto, um poema ao espelho recito Que se torna meu refúgio do labirinto Sem flechas na aljava, haja limbo pra estampar sorriso Sem lavrar novas safras, sem se safar das larvas Que infestam tudo que toco, me levam à perder o foco Meu frenesi interrompe o gênese da minha fronese Que me fará arfar sem nem conseguir um pouco Pra me salvar dessa farsa, desse drama De uma cama de hospital Pra uma salva dessas traças não me trazerem Trauma na trama ao final Que um deslize não revogue, que não se jogue Minha voga ao esmero Vogais não exprimem o que espero Anulo a vã mania de viver austero, o que gero São ondas, nuances e mistérios, venero Prismas etéreos, risos eternos Prometheus quis me roubar, mas sou Nero [Ponte] Antes um homem de talento que se engana Mas que pensa por si, do que um tolo brutal Que jamais teve senão as idéias dos outros [Outro] Eu vim soprar No ouvido de Nix o que eu ouvi falar Que a treva me trará Por motivos futeis alguém me trairá Que ao minguante de um crepúsculo Meu opúsculo é só o que me restará Sem obstáculos ou oráculos Meu veículo pra poder me vincular Ei, 2-0-1-7, MOSA, FULL, guri de peleia Tarcis, Card, RJ, BH, nem te fresqueia Woo, woo-woo, woo-woo-woo