Hoje a cidade está parada E ele apressa a caminhada Pra arcordar a namorada logo ali E vai sorrindo, vai aflito Pra mostrar cheio de si Que hoje ele é o senhor Das suas mãos e das ferramentas Quando a sirene não apita Ela acorda mais bonita Sua pele é sua chita, seu fustão E, bem ou mal, é seu veludo É o tafetá que Deua lhe deu E é o bendito o fruto do suor Do trabalho que é só seu Hoje eles hão de consagrar O dia inteiro pra se amar tanto Ele, o artesão Faz dentro dela sua oficina E ela, a tecelã Vai fiar nas malhas do seu ventre O homem de amanhã