(Joe Sujera) Sem pausa pra tosse, meu ritmo não permite Respeitar as neurose não tirou meu apetite Aprendi a não dar voz a quem só usa pra palpite Vou antecipar a cirrose pra esquecer da minha gastrite (Zorzi) A desistência não existe a quem persiste Erros pra que evite, que eu não venha a cometer deslizes Mas o mundo em crise não é motivo pra que eu dê pra trás Que acabe hoje mas que acabe em paz (Joe Sujera) Somos rivais, somos iguais, somos meninos que já são pais Ou somos a turma do tarde demais debatendo polemicas em jornais Fomos a paz de anos atrás ou somos a herança da falta de paz Somos os netos de escravos sentados bebendo com netos de capataz Espere, opere os normais. Prepare o terreno Pra ser mais do mesmo deguste o veneno na taça faça seus planos sem fé nos jornais Somos os tais, somos os mais sérios Em nome do pai. Império, que sobe e que cai Espere o tempo que vai E não traz nada de novo, tempo que vai é tempo que perde Deu amostra grátis do que é bom e depois disse arrivederci Caminho torto sem retorno é rotatória nova história Mesmo fim. Mesmo a**im, se satisfaz com poucas glorias Capice? Meu palpite é que o mundo acaba hoje, tomara Um dia inteiro pra criar vergonha na cara Na real cada um cria seu próprio fim do mundo Mas acordo pensando nisso e não desperdiço nem um segundo Eu vim pra ver O mundo acabar em vão Salvei irmãos, lavei minhas mãos Deixa o mundo acabar então (Zorzi) Eu vim fazer algo de bom pra fazer meu som virar Vagabundo não espera pra ver seu mundo girar Muitos pregam só mentira, muitas pecam pela ira Muitos criticam minhas gírias, mas é só por criticar Estagnado na merda só fica quem quer ficar Na proteção do pombo gira faço invejoso travar Perigoso pra quem tem medo da guerra e pode pá ladrão Tá cheio de nego que só faz peso na terra, e não ramelo na missão Isso mesmo que me importa, faço disso minha cota Pois minha fé sem obra é morta, meu truta Falhou comigo meu Exu vai te cobrar Dois pés na porta com licença pra chegar Vim pra ser seu pesadelo, a tempos não engulo seco Frequento umbanda, mesa branca, faço contato com orixás Fazendo jus aonde jas há uma luz pra me guiar E até o fim eu vou lutar Eu vim pra ver O mundo acabar em vão Salvei irmãos, lavei minhas mãos Deixa o mundo acabar então