Fizera pouco em tê-lo deixado Todo quebrado, desfigurado Irreconhecível até pra mãe - "Mãe, olha só que legal O carro que eu ganhei no natal Tu que me deu e disse cuidado pra que não arranhe" - "Menino doido! Tu quebrou até os friso! Tem noção do prejuízo? Acho que teu véi vai te matar" Os olhos dele esperando o carro do ano Um modelo italiano Que acabaram de inventar Carrão da porra tu pisava ele voava Tu freiava ele ancorava E eu lá dentro a me debater No bate-bate com a cabeça no volante Voei pelo vidro da frente E a raiva preta que eu não pude conter Com o sangue quente cortei a testa Quebrei os dente e toda aquela gente Peste! Não vem ninguém me ajudar Nem se mexiam pior que isso eles riam Teto preto, o tempo fecha Ozóvo inflama, hora do pau cantar Eu quero é ver o oco Só na mãozada eu deitei seis Mas detestei matar Eu quero é ver o oco Sem controle tocando o fole É hora de dançar Meu ódio por automotores começou cedo Depois que eu tranquei os dedo Na porta dum opalão Meu pai de dentro se ria que se mijava Achou que o filho festejava Era dia de Cosme e Damião Depois do dedo foi o braço, a perna, as costas Tu duvida? Bate uma aposta Pois muitos vão lhe testemunhar Tanta fratura que deixa a doutora louca É pino até no céu da boca Tu cansa só de tentar contar Eu quero é ver o oco É pedir muito uma enfermeira Vir me ajudar Eu quero é ver o oco Uma enfermeira gente boa Vem me medicar Eu quero é ver o oco Max Cavalera, Rusty D'Agnolo, Paulo Tatit, João Gordo, Junior Lanne - Backing Vocals Andreas Kisser - Guitarra Solo