É complicado, o jogo é sujo e traiçoeiro Os ratos se escondem, não mais em boeiros Esconderijos explanados, setores lombrados Eles me procuram, fujo de porcos fardados Minhas poesias são sujas, não me considero poeta Sou um letrista, escrevo com tom musical Vejo isso como um talento natural, visceral Normal, poema é mais lida a tom de conversa Vice-versa, versa outra vez no papel, cante em repeat Minha letra, eu sou o eu lírico, ta ligado? Vish Batimento cardíaco é pra lá de 120 Acelerado, mas não meu flow, dessa vez, vim suave Na nave, conheço várias galaxias diferentes Vi tanta gente, que me sinto um extra-terrestre sobrevivente Procuro minha dama, sou um vagabundo Dobungava, solto, viajando pelo mundo Quero conhecer os mares, diversos lugares Ampliar conhecimentos, respirar diferentes ares Ver gente nova, enfim, fugir dessa mesmisse Quebrar rotinas, nadar e no fundo, descansar no Titanic Com minha caneta bic, escrevendo em um sonho Preso a uma dimensão, bagulho estranho Com bebidas e baseados que entorpecem E os sorrisos calorosos, que me rondam e aquecem Mas nem tudo é a**im, tem piadas e risos vazios Almas vagando no convés, ao invés de estarem em corpos Copos cheios, cabeças vazias Andam como zumbis, modo automático, parecem mortos As vezes tento ser agnóstico, nunca ateu Talvez acredite em Deus, ou quem sabe em Prometeu Tinha uns versos guardados, emocionou quem leu A ficção baseada em fatos reais emocionou quem a compreendeu... Emocionou quem compreendeu...