Tempo seco como o coração de quem espera o busão Na mão do destino: áspera e dura Eu? peixe fora d'água no meio do mar de carros Fome e pigarro ilustra a cena que deparo Na pressa derrapo e rapo o resto de calma que tem na alma e faço um rap Daqueles que representa vários CEP, se pá, vai cepá as bad, faz os mano esquece Os smart e as tela de LED, e quede o bus? Paciência virou sangue no olho Amanhã o dia é cheio e os pano tão de molho Se Deus quiser o fruto daquela semente Eu colho, atrás da orelha tem pulga, mas no black não tem piolho, então tá normal! Que nem depois que a barca pa**a, se desembaça, cola com os parça na praça Só não ter as peças chave pra ser chave de cadeia,a fita fica grave, faz gritar agudo Se cai na teia e a espera continua, ratos cruzam ruas como humanos cruzam vidas Se arriscando, e as vezes a vida cruza ratos com humanos nessas ruas e avenidas Te chamam de mano Fecho meus olhos, não acredito, eu me belisco, só que não pa**a Toda hora acho que vem, mas desse jeito acho que vou ter que ir embora na raça, mas Até que enfim aparece a nave! Afim de xingar mais que bola que bate na trave Com esse preço então, mas o motô não tem culpa Subindo os cara tromba e nem pede desculpa E o cobrador panguano, parece até que deu umas bola Motô pa**a a milhão no quebra mola Tem um camarada lá na roleta, desequilibrou, bambeou e achei que ia dar treta Mas não, meio chapado rachou os bico "Ah, malandro, macaco véio não paga mico!" Veio chegando do meu lado, pediu licença e sentou, olhou pra minha cara e falou... [Poema "Janela de ônibus"]