Máry M - R.A.P. lyrics

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Máry M - R.A.P. lyrics

[VERSO 1] Um dia eles disseram que eu não ia ter espaço Eles diziam que iam gozar cada som que eu lança**e Que era só por ser moda, depois pa**ava-me a fase Como, se eu antes de fazer rap já fazia parte Hoje dou aulas de rap tuga se queres ensino-te as bases Eu não cheguei a lado nenhum mas sei que ainda não é tarde ‘Tou com 20 anos sem muito peso nas costas E devia focar na faculdade pra ter só boas notas Mas oiço o tic e o tac à espera do desempate Será que luto plo meu sonho ou vou deixá-lo de parte? Será que invisto nisto e pa**o ao próximo pa**o Mas se é só disto que eu gosto porque é que não mostro o que faço? Não vim mais cedo não queria ser só mais uma na fila À espera de um momento de glória ou poder vir a ser notícia Noticia as minhas rimas são notas de qualidade Não vim à procura de notas não é da minha personalidade Minha mãe diz: “Filha escreve, atira-te à pista Quem sabe se isso não dê frutos e possas vir a ser artista” Mãe'zinha, mesmo que eu nunca venha a ser reconhecida Se há coisa que não me falta é respeito por esta sigla [REFRÃO] R.A.P Mesmo que eu nunca venha a ter um C.D R.A.P Memo que o meu nome nem chegue a vocês R.A.P Mesmo que eu nunca pa**e em rádio ou TV R.A.P Com respeito plo Hip-hop agora é minha vez [VERSO 2] Em celibato, no meu quarto à procura da resposta Os meus sapatos estão parados à espera que eu lhes dê corda Minha vontade é permanente e esta tinta da parede Está corroída plas promessas que eu falo mas não tento Rimo quase desde sempre mas nunca apareci antes Engolida pelo consumo de dezenas de álbuns que eu tenho Dos mais conhecidos àqueles que poucos conhecem Enviados por putos que queriam opiniões que lhes dessem Enquanto a coragem não vinha pa mostrar o q escrevia Meu melhor amigo mostrou-me o RAP por isso devo-lhe a vida Os improvisos e os concertos que ele me dizia pra ir As letras que eu escrevia, e ele ‘tava sempre disposto a ouvir D., o RAP e tu ensinaram-me quase tudo E se existe “um só caminho” é p'ró seguirmos juntos Já perdi a conta a quantos concertos de RAP “Ser humano” fui sozinha até ao Porto com 17 anos Só com vontade de fazer parte da cultura E de retribuir a força que o RAP já me dava na altura São só memórias que guardo desde sempre no meu quarto Ainda p'ra mim hoje é difícil que alguém entre neste espaço Tenho sorte de já ter visto ao vivo quem idolatro E vejo-os vezes sem conta porque eu nunca me farto Da primeira fila, sou eu quem salta mais alto Deixo a alma no público quem sabe um dia ainda a deixe no palco Quem sabe um dia ainda a deixe no palco… Quem sabe um dia deixe a alma no palco [REFRÃO]