Quanto eu canto é para aliviar meu pranto E o pranto de quem já tanto sofreu Quando eu canto, estou sentindo a luz de um santo Estou ajoelhando aos pés de Deus Canto para anunciar o dia Canto para amenizar a noite Canto pra denunciar o acoite Canto também contra a tirania Canto porque numa melodia Acendo no coração do povo A esperança de um mundo novo E a luta pra se viver em paz Do poder da criação sou continuação E quero agradecer Foi ouvida a minha súplica Mensageiro sou da música O meu canto é uma missão Tem força de oração E eu cumpro o meu dever Há os que vivem a chorar Eu vivo pra cantar E canto pra viver Não Ninguém faz samba só porque prefere Força nenhuma no mundo interfere Sobre o poder da criação Não Não precisa estar nem feliz, nem aflito Nem se refugiar em lugar mais bonito Em busca da inspiração Não Ela é uma luz que chega de repente Com a rapidez de uma estrela cadente Que acende a mente e o coração É, faz pensar Que existe uma força maior que nos guia Que está no ar Bem no meio da noite Ou no claro do dia Chega a nos angustiar E o poeta se deixa levar por essa magia E um verso vem vindo E vem vindo uma melodia E o povo começa a cantar La, laiá, la, laiá La, laiá, la, laiá