Sinto o sangue dar-me a volta Sinto a vida andar à solta Desdobro o mapa e vejo o tempo em movimento Descubro o espaço, apago a luz do apartamento - Deixo a noite nascer... Eu investigo, não invisto em qualquer estrela Quem me repara a alma Se eu der cabo dela - Solto quem me prender Lá fora há lugar À espera de mim Sereno, sincero Ninguem me afoga a fonte de cada momento Ninguem me enterra a raíz do pensamento Ouço as penas voar... Sacudo o saco do segundo que demora Enchi saco, eu só quero é ir-me embora Deixo as asas dançar... Lá fora um lugar à espera de mim Despido, desperto Bebo o fogo, racho tábuas Furo os ventos, rasgo as águas