Eu quis num gesto só abrir-te o mundo Deixar no teu olhar a cor da esperança Toda a vida é eterna num segundo Num segundo porém nada se alcança Um dia descobrimos o mistério De viver dia-a-dia de mão dada Dos sentidos fizemos um império Do qual não resta hoje quase nada De manhã acendemos as estrelas Sendo um do outro escravos mas heróis Inventámos países cidadelas Agora tu e eu apenas dois Mastros ainda erguidos mas sem velas À espera do que vem sempre depois.