[Verso 1] Éramos uma pá de apocalípticos De meros hippies, com um falso alarme... Economistas, médicos, políticos Apenas nos tratavam com escárnio Nossas visões se revelaram válidas E eles se calaram mas é tarde As noites tão ficando meio cálidas E um mato grosso em chamas longe arde O verde em cinzas se converte logo, logo [Refrão] É fogo, é fogo! É fogo, é fogo! [Verso 2] Éramos uns poetas loucos, místicos Éramos tudo o que não era são Agora são com dados estatísticos Os cientistas que nos dão razão De que valeu, em suma, a suma lógica Do máximo consumo de hoje em dia Duma bárbara marcha tecnológica E da fé cega na tecnologia? Há só um sentimento que é de dó e de malogro [Refrão] (2X) É fogo, é fogo! É fogo, é fogo! [Verso 3] Doce morada bela, rica e única Dilapidada só como se fôsseis A mina da fortuna econômica A fonte eterna de energias fósseis O que será, com mais alguns graus celsius De um rio, uma baía ou um recife Ou um ilhéu ao léu clamando aos céus, se os Mares subirem muito, em tenerife? E dos sem-água, o que será de cada súplica De cada rogo [Refrão] É fogo, é fogo! É fogo, é fogo! [Verso 4] Em tanta parte, do ártico à Antártida Deixamos nossa marca no planeta Aliviemos já a pior parte da Tragédia anunciada com trombeta O estrago vai ser pago pela gente toda [Refrão] É foda! é fogo! É fogo, é fogo! É fogo, é fogo! É a vida em jogo!