Jota Ariais - Espada no Dragão lyrics

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Jota Ariais - Espada no Dragão lyrics

[Verso 1: Eduardo] Sou testemunha de um milagre de Cristo Vejo o crucifixo tornando o oprimido pacífico A fé em dose cavalar anula o espírito de guerra Aceitar a dor da carne pra ser feliz na vida eterna Só essa tese explica a ausência do grupo guerrilheiro Com bomba incendiária pra libertação de preso É um milagre o Carrefour não ser saqueado As árvores do Ibirapuera não ter rico enforcado Todo dia no avião pagador não ter ação Ouro em barra na mão, paraquedas pra tripulação O político na autópsia ter água no pulmão Sinal que jogaram de braço amarrado pra natação Meu ponto de vista é sincero e dá processo Quer o palanque? Dá o martelo e "plá" no meio do cérebro Irônico-trágico o povo em 2º em compra de jato Não consome as calorias pra uma vida saudável Tudo é válido onde quem faz filme p**nográfico Vira rainha e tira o material do mercado O Calcanhar de Aquiles do pobre é a educação Imagina o mendigo compreendendo a constituição Pro Instituto de Zoonoses uma pá de magnata Morrer na câmara de descompressão igual vira-lata Não ouvi da boca de Jesus para eu dar a outra face Prefiro crer que ele me queira gladiador, não covarde [Refrão: Smith & J. Ariais] Você não honra a dor da coroa de espinhos A palavra sagrada é munição, não é exílio A carne furada com prego na crucificação Merece mais do que prece e joelho no chão Espada no Dragão! [Verso 2: Eduardo] A Bíblia não é escudo, é manual pra libertação Siga o exemplo de São Jorge: Espada no Dragão Não espera a justiça do homem ela é podre, é cega Queria dar Nobel pro Bush que promove a guerra O inimigo destrói sua célula, sua herança genética Dá o padrão da sua linha de montagem perversa O peso, a altura, o modo que você raciocina É consequência da dieta sem proteína Lembra o tempo da escola, na prova o zero? Você não era burro, faltou leite materno Quase entrou nos 9% de crianças desnutridas Que morrem antes de um ano de vida O refém no cativeiro não é vingança Dão um deles pra ver PM estraçalhar nossas crianças Põem carteira, plantam arma, pólvora na unha Depois abrem um B.O. com umas vinte testemunhas Até a planta da sua casa é do arquiteto inimigo Compensado, Brasilit, barro como piso Seu filho se pá vai degolar a professora "Cadê o material?" Ouve toda mão que vai na lousa Nem com morte cerebral, esperando o Off do aparelho O colecionador de Ferrari te doa um fio de cabelo Jesus já fez sua parte, furaram com prego sua mão Em tempos de guerra a Kalashnikov é oração [Refrão: Smith & J. Ariais] [Verso 3: Eduardo] A vida é rinha de pit bull onde poodle não sai vivo Foco de incêndio onde não chega a escada Magirus Mesmo o rico daqui visto no exterior como Tarzan e Chita Quer seu corpo no carro de mão na BBC sendo notícia O piquete que derruba secretário É o dos 29 presídios simultaneamente rebelados Só temem o preso com estratégia guerrilheira Que abala as colunas do prédio da Bovespa Enquanto se escondem atrás da Bíblia, do terço Votam o projeto pra idade penal começar no berço O negro que protesta pela sua cota na faculdade Termina enforcado na carceragem do Depatri "Papai, quê isso preto no feijão do meu prato?" "É fezes de rato, tira aí com o garfo" Essas horas ter feito química seria bom Pra jogar no Morumbi uma bomba de um Megaton Quando arrancarem olho pra leitora biométrica Não por arroz na panela, como Golpe de Estado da favela O português que rouba nossa terra até hoje Não vai mais derrubar barraco pra montar campo de golfe Não vou pôr emblema da Telefônica no Palio De crachá, entrar na mansão com 171 nos empregados Minha aprovação pro céu, talvez seja no banco dos réus Porque alojei no opressor um projétil de Imbel [Refrão: Smith & J. Ariais]