Vivias no nosso tempo Num quarto andar de uma velha mansarda Que tinha, junto à janela, sobre o beiral Uma roseira brava Que hoje eu venho lembrar Para voltar com toda a minha alma Ao tempo em que tu dormias, sobre o meu peito E acordavas calma (refrão) E a rosa que te dei Não foi criada num jardim Por isso tinha mais significado para mim A rosa que te dei Era uma terna e simples flor Que fez nascer em nós Um grande amor E a rua, no mês de junho Tinha balões, e riso de crianças O velho da concertina E a menina que tinha loiras tranças Dediquei-te uma canção fora de moda Mas que me era tão querida Guardei-a entre as mil folhas, desse romance Que é o livro da vida (refrão)