Um dia hei-de apagar desta memória Esse amor que bebi como veneno E só depois então, cantar vitória Rasgando os versos em que me condeno Um dia hei-se soltar de novo o canto Ser poema que alcande um outro espaço Não me quedar aqui neste entretanto Morrendo na distância dum abraço Um dia hei-de chegar a ser razão No alto precipício que dominas E com golpes de rosto, dizer não Como um cavalo a ssacudir as crinas Um dia hei-de enxugar todo este rio Nascente no olhar de água tão fria Um dia hei-de aceitar o desafio De te voltar a amar... um dia, umdia