À beira Tejo uma gaivota abandonada Traz o desejo de encontrar sua morada Fresca maresia, verde prata, maré-alta Onde a luzia inspiração o amor exalta Redes ao mar, esperança no ar, buscamos sorte Na proa erguido, o cristo amigo, afasta a morte Sei que este mar pode acalmar ou estar bravio Posto o af*go, um quente trago, aquece o frio Viver do mar, dá que pensar, é dura lida Vida que o peixe deixa na rede p'rá nossa vida À beira Tejo, ergue-se a noite de mansinho Roubado beijo, dá-lhe o Sol breve carinho No seu poente há a promessa de outro beijo E a gente sente como o ciúme agita o Tejo.