Baile na eira Fica o sol Arde a peneira Som da revolução Faca e queijo na mão Rebentados os cadeados à alcateia Nasce a canção de sermos a maré cheia Vai nortada vai Varre este país Troca os ventos de brandura Por algo que abane com isto tudo Nós sabemos com que linhas nos cosemos E não vamos ao fundo Sem pôr marca neste mundo É, é, é, é, é Hora de bailar nova canção Mãos na anca, bota a fustigar o chão Chão, chão, chão Chão nosso ensarilhado Durma em paz o desejado Fui a Coimbra consultar a academia Noite à bica Quem me arranja uma fatia? Com mil raios Não há nada no horizonte Que responda à minha vida Nada a sério com que eu conte Vai nortada vai Desce este país Abre a longa avenida por onde corre sangue novo Nós sabemos bem o pouco que queremos Qualquer coisa de real Até pode ser um povo É, é, é, é, é Hora de bailar nova canção Mãos na anca, bota a fustigar o chão Chão, chão, chão Chão nosso ensarilhado Vá de volta desejado É, é, é, é, é Hora de bailar nova canção Mãos na anca, bota a fustigar o chão Chão, chão, chão Chão nosso ensarilhado Aí vem o bom bocado