Joe Sujera - Memórias do Subsolo lyrics

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Joe Sujera - Memórias do Subsolo lyrics

Me vê então duas porção de ideologia pra viagem por favor A minha servida fria. Não se importe com a embalagem meu amor Se preocupe com o sabor. Amargo ou azedo tanto faz Cedo ou tarde a vida leva a vida traz. E que ela leve Se nossa estadia é breve não peça café na cama, gaste mais na janta Não confio no tempo e nem na minha sombra e olha que eu nem faço tanta Um traço encanta um traço engana, é o silêncio vira morfina Machuca porém ensina. Mistério de cada curva Ministério da vida curta, incerteza virou ofício Na beira do precipício resta a dúvida Será opção loucura ou vício andar em gesso? Disse o louco viciado Com um vasto conhecimento de tudo que eu desconheço Num mundo em que não pertenço tanto faz Me entregue as suas dúvidas e eu devolvo algumas mais Não quero suas respostas, prefiro as minhas perguntas Postas juntas multiplicam meus motivos Subtraem meus receios. Cheio de medos vivos Que não morrem. Não correm como o tempo Levam porres e risadas, desconfio de gentilezas maquiadas Pra mim o mundo é uma charada e a solução não me interessa Eu tenho muito o que fazer, nem é questão de pressa Se a vida é quebra cabeça, quem quiser que junte as peças Mal humorado como o rap deve ser, toda manhã O pé esquerdo na corrida com o direito, acho que nunca vai perder Perfeito, me mantém com conteúdo, por vezes longe de tudo E de todos eu me isolo, reclamar é meu direito amarguras levo no colo Memórias do subsolo Memórias do subsolo, bem além do que eu controlo existe um fim Pra esse começo. Minha raiva com endereço Um preço alto, quem recebe? Ideia de mil grau é pouco, nem chega a me dar febre Cuidado, o tempo não para pra admirar o céu azul Onde há fogo há fumaça e onde há carcaça há urubu Fui demitido, um péssimo espantalho por ter corvos como amigos Separei mentes de corpos pra atacar na área frágil, sucesso Me despeço das ilusões, no meu caos eu me conforto e me desligo Teoria do silêncio foi berço de praga hábil, traga um sábio E me an*lise. Nunca fui produto das conclusões Memórias da porra do subsolo, sorriso vendido a peso Desprezo será meu guia ao paraíso. Perdi o juízo Não uso mais tempo como algema o problema é sair ileso Preso as leis do universo, a solidão encontra o verso Então saia, feche a porta e não deixe nada aceso