[Verso 1] Há tipos compatíveis, posso ser o doador Dou a dor a quem interessar possa Cla**e como filho da Bossa, feroz como beck de roça Canto meu pedaço, te faço pedaço em contato com o aço Frio como a solidão no espaço Me lembra do futuro quando serei um astronauta Entre o céu e a Terra alternando as pautas Nem o vácuo pra mim é obstáculo Da falta de oxigênio... sinto falta Deixando a civilização sob as luzes da ribalta Minha espécie está em alta até a próxima era glacial Sem juízo, rumo o juízo final Projete seu corpo astral Paisagens, oásis, miragens, imagens Outra história americana prova que todos podemos ser nazis Se não soubermos quem somos nós Se somos pré ou pós, o mundo mágico de Oz Desde os tempos dos faraós enigmas vêm embalados em esfinges Perfeição é o que se sonha, revolução é o que se atinge Assim estava escrito Em pergaminhos perdidos do antigo Egito Mas quando filósofos entram em conflito Descarte o almanaque, os alfarrábios Façam como os verdadeiros sábios Só leia meus lábios e se mantenha a par Da cultura de rua ultrapa**ando a tradição milenar Informação transmitida através de seu sistema aoricular [Refrão] Renda-se a nós, ser inferior Com meu estilo superior Rima posterior melhor que anterior Me diferencio pela capacidade de raciocínio E pelo polegar opositor Renda-se a nós, ser inferior Com meu estilo superior Rima posterior melhor que anterior Bote as mãos pro alto se você conhece o seu valor [Verso 2] Preciso como um exame de DNA 99.9 por cento de chance de acertar Prossigo minha tese Movo montanhas com a minha telecinese A consciência impede que o peso pese O estéreo faz com que o pensamento se reveze Enquanto o bicho te hipnotiza Suo a camisa e prossigo a pesquisa O polegar opositor é contra tudo aquilo que tentam te impôr É contra tudo aquilo que não é a seu favor Bote as mãos pro alto se você conhece seu valor Orgulhe-se de ser um vertebrado Afinal, livre arbítrio não se compra no supermercado Viva o seu presente para que seu presente no futuro não seja um cavalo de tróia Não há necessidade nem tempo pra pânico ou paranóia Sei que evoluímos pouco pra dois mil anos Continuamos à mercê de desastres naturais ou de ditadores insanos Mas talvez alguém ainda tenha planos Pra o que chamamos de humanidade Talvez o estado permanente de calamidade seja momentâneo Esqueça o que tem no bolso, me mostre o que tem no crânio É como respirar... um ato espontâneo [Refrão]