[Verse 1] Navegando no astral Mergulho em seus olhos, me orgulho em meu mal Nunca to sóbrio, tequila juntando sal Vejo a Vênus de Milo me dando tchau Flores nascem no asfalto preto Onde manos morrem após um a**alto feito Que os dias cinzas morram em cinzas O temporal não se cala em seus olhos negros, hã.. Sua boca em meu mamilo Corpos à queima roupa e eu atiro Na cabine, fumando aquilo Na esquina, vendendo discos a kilo Faz a tua fita, que sirva a você e ouse A rua grita, desliga a tv e ouve Me defendi do mundo Hoje vou quebrar tudo antes dos 49 do segundo 999 [Verse 2] O silêncio serve como corda Ou te resgata, ou te enforca Viver intensamente, fight club Fodendo tudo como num night pub Sonhar é caro, pa**o em débito Quem precisa de limite é cartão de crédito Mato o tédio / Dias melhores me vêem quando Faço sinal de fumaça de cima do prédio Teu patrão te cobrando das 9 às 9 Lembro do meu mano de 99 Que caiu na Argentina fugindo disso Carregando 9 kg e mais uma 9 A mais de 99 km em um milésimo Se amor é caro, a gente faz empréstimo E logo pra vida: algum ritmo Pra conta: algoritmos E fogos de artifícios em nossos artifícios E pra rotina não matar, mato ela O tempo pa**a e ninguém percebe Ninguém vê nada, só quando ele atropela Todo o tempo há de sumir Todo o resto vai desunir A morte tá viva e tá aqui de mãos dadas.. E é a vida junto dela!