[Verso 1: Marcelo D2] Rio, cidade-desespero A vida é boa, mas só vive quem não tem medo Olho aberto, malandragem não tem dó Rio de Janeiro, cidade hardcore Arrastão na praia não tem problema algum Chacina de menores é aqui, 021 Polícia, c**aína, Comando Vermelho Sarajevo é brincadeira, aqui é o Rio de Janeiro [Verso 2: BNegão] Rio de Janeiro, demorô, é agora Pra se virar tem que aprender na rua O que não se aprende na escola Segurança é subjetiva Melhor ficar com um olho no padre e outro na missa Situações acontecem sobre um calor inominável Beleza convive lado a lado com um dia-dia miserável Mesmo a**im, não troco por lugar algum Já disse: este é o meu lar Aqui, 021 [Refrão] Cuidado pra não se queimar na praia do arrastão É...Rio de Janeiro A cidade é maravilhosa, mas se liga, meu irmão É...Rio de Janeiro Aqui fazem sua segurança a**a**inando menor É...Rio de Janeiro Então fica de olho aberto, malandragem não tem dó É...Rio de Janeiro [Verso 3: Marcelo D2] É muito fácil falar de coisas tão belas De frente pro mar, mas de costas pra favela De lá de cima o que se vê é um enorme mar de sangue Chacinas brutais, uma porrada de gangue O Pão de Açúcar de lá, o diabo ama**ou Esse é o Rio e se você não conhece, bacana Tome cuidado, as aparências enganam Aqui a lei do silêncio fala mais alto Te calam por bem ou vai pro mato Mas, de repente invadem a minha área, todos fardados Eu tô ficando loco, ou tem alguma coisa errada? Brincando com a vida do povo, então se liga na parada Porque hoje ninguém sabe, ninguém viu Um dia alguns se cansam e "pow", guerra civil Mas como diz o ditado, quando um não quer, dois não brigam Mas já que cê tá pedindo, segura a ira Porque a cabeça é fria, mas o sangue não é de barata Esse é o Rio, mermão, o veneno da lata [Verso 4: Black Alien] How, how, how, faz o Papai Noel Pow, pow, pow, e nego não vai pro céu Digo V de Vendeta, lírica beretta Black Alien e família, soem as trombetas Tomando de a**alto a cidade que brilha Mãos ao alto, vamos dançar a quadrilha 288 é formação de quadrilha Nome: Gustavo Ribeiro, a descrição do elemento Primeiro é o olho vermelho, na mente, no momento Como diz o Bispo: "eu sou artista, esse é meu lixo" Acesso ao som restrito ao perito O dialeto se dito é um perigo, amigo Para o consumo da alma sem abrigo O ritmo e a raiva, a raiva e o ritmo E sobre o abismo, sem "ismos", eu cismo Vou ao silo e toco o sino [Refrão] Seu Gilberto Cardoso dos Santos, Dona Jane, Lucilete Silva Santos descansem em paz. Fabio Pinheiro Lau, Joacir Medeiros, Guaracy Rodrigues, Hélio de Souza Santos, Lucinéia, Núbia, Paulo Roberto Ferreira, Adalberto de Souza, descansem em paz. Cláudio Feliciano, Lúcia, Paulo Cesar Soares, Cléber Alves, Amarildo Baiense, Edmilson Rocha, José dos Santos, E sobre o abismo, Zero Vinte e Um. Vigário Geral. Rio de Janeiro