Rapariguinha cose a tua saia velha de cambraia que outra não podes comprar baixa a bainha rasga o pé-de-meia quando é magra a ceia quem nos há-de aguentar oh bonitinha A que preço está o peixe na corrida a xaputa já é truta promovida puxa da ma**a apalpa a fruta insecticida fez a pileca da vitela uma investida e a salsicha “isidora” é alheira de Mirandela A que preço está a couve e o grão-de-bico bacalhau quase não há deu-lhe o fanico tenho prisão de ventre oh pá? eu já te explico o feijão-frade subiu ao céu vende o penico se não há grelos no mercado há bons nabos no hemiciclo Guarda a roupa velha que sobra do almoço dá o braço à Maria ao Manel e ao Joaquim não vás devagarinho faz da praça um alvoroço leva-me contigo ai!! não te esqueças de mim rapariguinha cose a tua saia velha de cambraia que outra não podes comprar baixa a bainha rasga o pé-de-meia quando é magra a ceia quem nos há-de aguentar oh bonitinha A que preço está o vinho nessa pipa arde o preço da aguardente queima a tripa a água-pé é um detergente só constipa já não gosto da cerveja dessa tipa e a jeropiga a martelo é servida em bandeja A que preço está a casa nessa esquina não se aluga só se vende é uma mina quem a vende tem juros lucros alucina quem não tem casa inventa imagina sonha ao relento é multado mora em barraca clandestina Guarda a roupa velha que sobra do almoço dá o braço à Maria ao Manel e ao Joaquim (…) Como vai a nossa vida de chinelo pelo custo não é festa é um duelo o cabaz da fome é caro magricela mais barato é o discurso tagarela nada diz nada acrescenta nem mexe o fundo à panela