Facção Central - O Pavilhão dos Esquecidos lyrics

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Facção Central - O Pavilhão dos Esquecidos lyrics

[Verso 1] A faxina ficou da hora Ta tudo limpo pra visita daqui umas horas Tanto faz se vem cigarro sem novidade O que cada preso quer é matar sua saudade Sentir a liberdade por uns minutos Sonhar com um mundo depois dos muros Esquecer o dia da audiência O fórum a hora da sentença Juiz implacável advogado desinteressado Porta de cadeia alimentada prostituta do estado Estilo piranha sem dinheiro sem resultado Tem maluco aqui que cumpre pena tipo diretoria He, status na farinha Dinheiro compra tudo na cadeia na favela Mais não tira o esquecimento da cela A solidão no domingo de visita Olha eu de canto sonhado com uma família Sem sorriso do domingo é velório Olho pros muros explode o meu ódio E ai que sai treta eu me transformo em capeta Na falta de carinho violência é receita Eu to sem jumbo parente sem ninguém Sou candidato a faca que mata o refém Sou eu que jogo, o 213 do telhado Eu jogo pedra em cima jogo telha no safado Feliz aniversário foi no mês pa**ado O bolo era um defunto e os parabéns foi pro diabo Ai ladrão feliz domingo Infelizmente só colou tristeza, mas ta limpo Eu vou tentar continuar sobrevivendo Solitário esquecido no pavilhão do esquecimento [Refrão] Sou mais um detento Cumprindo pena no pavilhão do esquecimento Abandonado solitário, outro presidiário [Verso 2] Outro domingo na detenção Sem futebol sem criança sem parque de diversão Na nossa televisão o filme é impróprio O sangue na faca é o cartaz do ódio Ainda me lembro da quebrada Tiger moto kawazaki mil cilindradas Só de agasalho piranha do lado S10 velocímetro zerado Qualquer armamento era comigo Banco carro forte parceiro preferido Tinha mãe irmãos vários manos E uma vadia no carango dizendo te amo Mas num estalo de dedos um pa**e de mágica Pulso algemado consequência drástica Fim de carango fim de artigo Hoje tenho uma cela com vinte no presídio Olho pra cruz na parede e peço proteção Que deus de vida pra eu manda uns quatro pro caixão Me sinto tipo uma doença um cachorro sarnento Mais podre do que bosta no papel higiênico O sistema carcerário não tem dó O coração é de pedra foda-se seu b.o Seu carango seu fuzil não valem aqui Aqui é só outro numero tentando fugir Tiazinha visita o seu filho Ai fulana vai ver o seu marido O monstro na notícia da televisão Que te mata sem dó descarrega um oitão É o mesmo que domingo chora só no pavilhão Que tenta o suicídio pra fugir da solidão Ai ladrão feliz domingo Infelizmente só colou tristeza no pavilhão dos esquecidos Sou mais um detento [Refrão] Sou mais um detento Cumprindo pena no pavilhão do esquecimento Abandonado solitário, outro presidiário