Facção Central - Memórias do Apocalipse lyrics

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Facção Central - Memórias do Apocalipse lyrics

[Verso 1: Eduardo] Helicóptero locado, tá de gel e terno Tipo turista de Kodak, faz um mapa aéreo Sobrevoa a favela, pede rasante pro piloto Registra a vista panorâmica pra invadir o morro Amarrado numa árvore vai sangrar o inimigo Sangue atrai rato, inseto, vai ser devorado vivo Presidentes não fazem batalha diplomática Caça é o aperto de mão das nações civilizadas Quem pa**ou por baixo pra vender os pa**es Quer Chrysler, comprar na Rodeo Drive Pegue chimpanzés, faça experimento Sem frio, alimentado, bom comportamento Tire a comida, com o termômetro no zero E o mais forte abre o crânio do mais fraco e come o cérebro Enquanto no bar o tio mendiga um pão com manteiga Com dono quebrando na sua cara vasilhame de cerveja Hotéis de luxo jogam comida no lixo Toneladas sem prazo de validade vencido Por isso tem refinaria de pó atrás da parede falsa Com prensa, balança, depósito de arma Por isso a puta põe no Hammer bolsa extra pra roubo E Chanel vira carniça no banco de couro O sangue é a carga da caneta Bic Que escreve as Memórias do Apocalipse [Refrão: Eduardo] AK-47, Ponto 50, AR-15 Escrevem as Memórias do Apocalipse [Verso 2: Dum Dum] Na campanha do candidato 20 milhões são gastos Pra ganhar 600 mil em 4 anos de mandato Será que é a nova Irmã Dulce, o novo Papa Que por amor ao povo tem preju no caixa? Juiz mata juiz, padre mata padre São 27 estados em combate Chutam Nossa Senhora Aparecida no culto Quebram sua estátua com palavrões, insultos A cada 5 dias a loja é roubada O seguro triplica ou a apólice não é renovada Vi a lavagem estomacal da mãe que quase se matou Porque o filho foi transferido pro interior O tapa no rato de varal que pulou o muro Ridículo em público devolvendo os bagulho Ladrão é o que de Ponto 50 estilhaça a giratória Não cata a venda do tio que financiou um Corsa No mundo sem arma, homicídio vira agressão Mortos viram feridos, tragédia discussão Se o pároco ganha**e por missa fúnebre celebrada Comprava casa na praia, aliás comprava a praia Uma Bandit Suzuki, "Desce, cusão, não discute" Mato na capacetada, soco, chute Hoje a estratégia de defesa vai ser montada Por quem foi puta do Bahamas antes de ser advogada [Refrão: Dum Dum] [Verso 3: Dum Dum & Eduardo] [Dum Dum] Não vim apostar, cala boca, vaca histérica Meu prêmio da Mega-Sena tá no caixa da lotérica Pra nós as ações da Bolsa de Valores É catar uma Lan House com cem computadores Mina sem auto-estima, a noite rola e whiskey De manhã farmácia e pílula do dia seguinte Se acha a Brigitte Bardot e é o lanche da banca Com 25 só pelanca e mãe de seis crianças O DJ deu bonde num papel, acabou o scratch Amputaram as duas mãos, fim do Back To Back O forno crematório espalha cinzas como gripe Anuncia a queda das Babilônias, Tamboré, Alphaville [Eduardo] Não importa os velórios embutidos na sua nota Por ela dão a mão da filha, o cu, a xoxota Juíz vira Drag, pelo cifão põe cílios E o pitboy que atropelou cinco é absolvido Testemunhei a chegada da perua funerária A mãe gritando "Não fecha o caixão", sedada O an*lfabeto sonhando em escrever seu nome A criança sonhando com Toddy, Danone A Aquarela do Brasil não é a do Ary Barroso É a do cagueta protegido no endereço novo Que quando vai pro fórum é "Bum" de metralhadora Pra extirpar a língua podre da sua boca