Fábio Fonseca - Retrato de um Playboy (Juventude Perdida) lyrics

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Fábio Fonseca - Retrato de um Playboy (Juventude Perdida) lyrics

[Verso 1] Pergunta prum playboy o quê ele pensa da vida Sabe o que ele te diz? (Se borra todo) Não, mais ou menos a**im: "Sou playboy e vivo na farra Vou à praia todo dia e sou cheio de marra Só ando com a galera e nela me garanto Só que quando estou sozinho eu só ando pelos cantos Porque eu luto Jiu-Jitsu mas é só por diversão (É isso aí meu "cumpádi", my brother, meu irmão) Se alguma coisa está na moda então eu faço também Igualzinho a mim eu conheço mais de cem Se eu faço tudo o que eles fazem então tudo bem Não quero estudo nem trabalho Não vem que não tem Porque eu sou um playboyzinho e disso não me envergonho Não sei o que é a vida, não penso, não sonho Praia, surfe e chope: essa é a minha realidade Não saio disso porque me falta personalidade Não tenho cérebro, apenas me enquadro no sistema Ser tapado é minha sina, ser playboy é o meu problema Faço só o que os outros fazem e acho isso legal Arrumo brigas com a galera e acho sensacional Me olho no espelho e me acho o tal Mas não percebo que no fundo eu sou um débil mental! [Refrão] Eu sou playboy filhinho de papai Me afundo nessa bosta Até não poder mais Sou playboy filhinho de papai Sou um débil mental Somos todos iguais [Verso 2] Com a cabeca raspada ou cheia de parafina Eu tiro onda porque acho que sou gente fina Mas na verdade eu pertenço à pior raça que existe Eu sou playboy! Penso que sou feliz mas sou triste Eu sou pior que uma praga eu sou pior que uma peste Eu tô em qualquer lugar da superfície terrestre E digo aonde a playboyzada prolifera-se a mil É num país capitalista pobre como o Brasil Onde não somos patriotas ou nacionalsitas Gosto das cores dos States com as estrelas e as listras E o que eu sinto pelo país é o que eu sinto pelo povo Olha só que legal quando eu pego um ovo E entro no carro com os amigos e levo o ovo na mão (Olha o ponto de ônibus Freia aí meu irmão!!) E eu taco o ovo bem na cara de um trabalhador Que esperava o seu ônibus que pa**ou e não parou Que maneiro eu não ligo pra quem tá sofrendo Em vez de eu dar uma carona eu deixo o cara fedendo Que legal se um mendigo me pede um cigarro É apenas um motivo pra eu tirar mais um sarro Sacanear um mendigo é a maior diversão Não tem problema há quantos dias ele não come um pão E por falar em pão que eu como todo dia Eu me lembrei da empregada que se chama Maria Ela me dá comida me dá roupa lavada Mas quando eu tô presente ela é sempre humilhada Você precisa ver como eu trato a coitada Eu a rebaixo a esculacho e fico dando risada [Refrão] [Verso 3] Eu não sei nada dessa vida e desse mundo onde estou E é quando eu saio de noite que eu vejo o merda que eu sou Sem ter o que fazer sem ter o que pensar Eu encho a cara de bebida até vomitar E os meus falsos amigos que vão lá me carregar São os mesmos que depois só vão me sacanear Mas na cabeca da galera também não tem nada Somos um bando de merdas dentro da mesma privada É até engracado Eu não decido nada Pela moda sou guiado Adoro reggae mas não sei o que Bob Marley diz E se eu soubesse talvez não fosse tão infeliz! Porque eu sou um otário a minha vida não presta Inteligencia? Não tenho - A burrice é o que me resta Mas agora dá licença que eu vou parar Minha cabeca tá doendo Eu vou descansar E esse lugar tá fedendo Quem mandou eu pensar? Porque..." [Refrão] [Outro] Esse é o retrato da nossa juventude Seja o playboy da maconha ou o playboy da saúde E se cuidarmos a**im do futuro do Brasil Vamos levar este país para a puta que o pariu!