O que as palavras escondem nas palavras Intensas, ditas ao correr da voz Plenas de preconceitos são escravas E mentem quando falam sobre nós Não sei se fui um ciclo em tua vida Um jogo que tu jogas por jogar Que após venceres por fim outra partida Anseias a outro jogo te entregar Que vento agreste em mim sopraste Porque me deste o que tiraste Não há quentura no peito triste E o mal que dura, em mim persiste Não sei contar de mim senão os dias Que cheia de emoções pude viver Sem margens a prender, por mim corrias Num rio molhando as franjas do meu ser Meu sol brilhou demais secou teu rio Sem água na quentura da aridez Gelam-me na tua ausência as mãos de frio A rogarem por ti mais uma vez