Hoje eu acordei mais cedo Tomei sozinho o chimarrão Procurei a noite na memória... procurei em vão Hoje eu acordei mais leve (nem li o jornal) Tudo deve estar suspenso... nada deve pesar Já vivi tanta coisa, tenho tantas a viver Tô no meio da estrada e nenhuma derrota vai me vencer Hoje eu acordei livre: não devo nada a ninguém Não há nada que me prenda Ainda era noite, esperei o dia amanhecer Como quem aquece a água sem deixar ferver Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro Até que a chama se acenda Verde... quente... erva... ventre... dentro... entranhas Mate amargo noite adentro estrada estranha Nunca me deram mole, não (melhor a**im) Não sou a fim de pactuar (sai pra lá) Se pensam que tenho as mãos vazias e frias (melhor a**im) Se pensam que as minhas mãos estão presas (surpresa) Mãos e coração, livres e quentes: chimarrão e leveza Mãos e coração, livres e quentes: chimarrão e leveza ... ilex paraguariensis... ... ilex paraguariensis...