Temperada minha viola Vou rasgando logo a toada E a minh'arma se aconsola Já não véve amargurada Minha viola é cantadera Vae chorando a minha dó E pôr ser bôa companhera Nunca, nunca me deixou Ai! Co'a viola, no sertão Quando a noite é de luá Vou abrindo o coração Nunca deixo de cantá Quando alembro, com sôdade Da muié que me enganô Eu renego a mocidade Que não vorta e já pa**ô Quando eu canto, quando eu chóro A viola vae E na serr'adonde móro Minha vois se vae perdendo Ai! E sózinho, no sertão Quando a noite é de luá Vou abrindo o coração Aliviando o meu pená Quando eu canto, no terrêro Minha vois correndo, avôa Corre as mata, corre os sêrro E bem longe ela resôa Quando eu canto, com tristura Minha viola, num gemido Co'meu canto se amistura Mais me deixa intrestecido! Ai! Co'a viola, no sertão Quando a noite é de luá Vou abrindo o coração Aliviando o meu Aliviando o meu pená