Óia a palha do coqueiro quando o vento dá Olha o tombo da jangada nas ondas do mar Pra você aguentar meu rojão É preciso saber requebrar Ter molejo nos pés e nas mãos Ter no corpo o balanço do mar Ser que nem carrapeta no chão E virar folha seca no ar Que é pra quando escutar meu baião Imbalança, imbalança, imbalançar Imbalança, imbalança, imbalançar Imbalança, imbalança, imbalançar Você tem que viver no sertão Pra na rede aprender embalar Aprender a bater no pilão Na peneira aprender peneirar Ver relampo no meio do truvão Fazer cobra de fogo no ar Que é pra quando escutar meu baião Imbalança, imbalança, imbalançar Imbalança, imbalança, imbalançar Imbalança, imbalança, imbalançar Iaiá, ô Iaiá Minha preta não sabe o que eu sei O que eu vi nos lugares onde andei Quando eu contar, Iaiá Você vai se pasmar